Dilma diz que uso eleitoral da PF é “volta atrás”

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Dilma classificou uso eleitoral da PF como retrocesso
Dilma Rousseff classificou uso eleitoral da PF como retrocesso

A presidente Dilma Roussef se pronunciou na noite desta sexta-feira (26), a cerca do episódio envolvendo o Senador Lobão Filho e pediu investigação sobre a revista feita pela Polícia Federal em avião que levava o senador Lobão Filho (PMDB-MA), candidato ao governo do Maranhão, além do deputado federal, Gastão Vieira e membros de sua comitiva. Ela intitulou o ato como sendo “uma volta atrás” a utilização de força policial para comprometer processo eleitoral.

— Eu acho que o fato de terem utilizado uma denúncia anônima cria maior necessidade de fazer investigação. É necessário saber quem denunciou, a quem interessava, se os processos foram cumpridos dentro da legalidade. O que não é possível é um ato desse acontecer no meio de uma eleição. Esse país não é isso mais, é um país com uma democracia estruturada, que não admite o uso nem de polícia nem de ninguém no sentido de comprometer processos eleitorais. É uma volta atrás se isso se caracterizar

Homens da Polícia Federal revistaram na noite de quarta-feira o avião da comitiva de Lobão Filho. A informação foi divulgada pelo próprio PMDB, em nota assinada pelo presidente do partido e vice-presidente da República, Michel Temer. Na nota, Temer condena a ação, classificada como intimidatória e não condizente com o Estado Democrático de Direito.

Questionada, Dilma afirmou que a Polícia Federal tem autonomia para investigar, mas não para cometer “ato incorreto”.
— Autonomia não significa autonomia para cometer erros, coisas incorretas. É autonomia para investigar. Não é possível fazer isso ao arrepio da lei, é isso que vamos investigar. Não estou dizendo que foi feito.

A presidente disse que faz “absoluta questão dessa investigação” e que pediu “rigor e rapidez” ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça).

— Nós tomamos as providências para investigar essa situação, porque uma das coisas que temos que ter garantia, principalmente durante processos eleitorais, é que órgãos governamentais não sejam usadas em proveito de um ou outro candidato. É função da corregedoria da Polícia Federal atuar no sentido de garantir plena isenção da polícia. Polícia não persegue pessoas das quais não gosta, nem protege as que gosta. A Polícia Federal é órgão que tem que ter comportamento absolutamente isento.

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