Um policial civil e um detento foram baleados no final da manhã de hoje dentro do Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau. O tiroteio começou quando o preso Erinaldo Almeida Soeiro, condenado por assalto e por ter assassinado dois empresários, tomou a arma de um agente penitenciário e atirou contra o investigador da Polícia Civil Enedias Chagas Neto, para em seguida ser atingido por um outro policial que estava no fórum. Atingido no pescoço, Erinaldo não resistiu e morreu. O investigador segue internado.
Enedias e o delegado do Departamento de Narcóticos (Denarc), Cláudio Menes, participavam, como testemunhas, de uma audiência na 2ª Vara de Entorpecentes. Em certo momento, o juiz pediu ao investigador que se retirasse para que fosse colhido um depoimento. Trinta segundos depois, segundo o delegado, ouviram-se cinco disparos. Ao sair da sala, Cláudio Mendes disse que se deparou com um homem deitado no chão sangrando e com o policial Enedias caído no final do corredor.
O preso estava em outra audiência, em uma sala ao lado, e, sem algemas, conseguiu tomar as armas dos agentes penitenciários que o escoltavam, um revólver e uma pistola, e alvejou Enedias no corredor. Um outro policial civil que estava no fórum reagiu, alvejando o detento. Ambos caíram no chão, ensanguentados, enquanto o pânico tomava conta do fórum.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão (Sinpol), Heleudo Moreira, disse que Enedias já havia prendido Erinaldo em uma operação e que o ataque ao investigador nada mais foi do que uma vingança.
Heleudo Moreira criticou a recente determinação do Poder Judiciário de proibir que policiais permaneçam armados dentro do fórum e a permissão para que presos permaneçam sem algemas naque recinto quando levados a audiências. “Criminosos são presos por policiais e naturalmente há um sentimento de vingança”, assinalou. “As autoridades do Poder Judiciário e da Secretaria de Segurança Pública devem se reunir para rediscutir a questão do desarmamento dos policiais e retirada das algemas dos presos dentro do fórum”, recomendou, alertando que tal situação cria um clima de insegurança.
Um promotor que não quis se identificar contou que Erinaldo estava algemado no fórum, mas foi conduzido a uma sala separada para assinar alguns documentos. No momento em que o agente penitenciário tirou as algemas para que ele assinasse os papéis, o detento tomou as armas dos agentes.
Erinaldo Almeida Soeiro era acusado de ser o executor dos irmãos e empresários José Mauro Alves Queiroz, de 57 anos, e José Queiroz Filho, 68 anos, crime ocorrido em 11 de janeiro de 2012. Os irmãos eram proprietários da empresa Replub Ltda., especializada na compra e venda de óleo reciclado, localizada no Distrito Industrial de São Luís.
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Do blog com informações do Imirante.com