A Justiça tornou indisponíveis os bens do deputado federal Weverton Rocha, manda-chuva do PDT no Maranhão e maior entusiasta da aliança do seu partido com o comunista Flávio Dino na eleição ao governo. A decisão, que atende a ação ajuizada pelo Ministério Público, foi motivada pelo pagamento antecipado de mais de R$ 5 milhões a uma construtora contratada para reformar o Ginásio Costa Rodrigues, na gestão do ex-governador Jackson Lago, época em que Weverton era secretário estadual de Esportes e Juventude. Mesmo tendo recebido o dinheiro integralmente, a empreiteira apenas demoliu a estrutura. Outros seis réus tiveram os bens bloqueados, inclusive a construtora.
Principal templo do esporte amador em São Luís, o Costa Rodrigues, segundo constava no projeto de engenharia, seria totalmente reformado e modernizado. Para executar e concluir o serviço, foi contratada, sem licitação, a Maresia Construções LTDA., por R$ 5.143.122,60. Tão logo a obra foi iniciada, o montante foi pago integralmente.
Em seguida, o que se viu foi um escândalo. Após demolir todas as paredes e fazer algumas escavações, a empreiteira simplesmente abandonou os trabalhos e não os retomou, causando grave dano aos cofres públicos, aos desportistas e a toda a sociedade. Em sua decisão, o juiz Carlos Henrique Rodrigues Veloso, da 2ª Vara da Fazenda Pública, observa que “as obras executadas no ginásio se resumiram a, apenas, demolição de paredes e escavações, que, segundo a Controladoria Geral do Estado (CGE), consumiram menos de R$ 300 mil”.
O magistrado assinalou ainda que “o modo de contratação, o pagamento antecipado, a inexecução da obra, o parecer jurídico, o recebimento desses serviços e os atestados de servidores públicos denotando a execução das obras denotam transgressões legais e enorme prejuízo ao erário, exatamente no total contratado”, escreveu.
Além do deputado federal Weverton Rocha, foram condenados Herberth Fontenele Filho, Cléber Viegas, Ronalte Carlos Fonseca Marinho, Elilson Ferreira Baima do Lago, Leonardo Lins Arcoverde e Maresia Construções LTDA.
Condenado, técnico em construção civil morre misteriosamente em Alcântara
Um dos sete réus condenados no caso da demolição do Costa Rodrigues, o técnico em construção civil Elilson Ferreira Baima do Lago, contratado na gestão de Weverton Rocha para atuar no setor de engenharia da Sespjuv, morreu em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas, na cidade de Alcântara, onde trabalhava ultimamente, dia 8 deste mês, pouco mais de duas semanas após a decretação da sentença.
Elilson vinha trabalhando em algumas obras executadas pela Prefeitura de Alcântara e teria morrido acidentalmente. Ele teria se afogado após cair no mar e bater a cabeça em uma pedra. A família do técnico, que mora no bairro Monte Castelo, não aceitou a versão inicialmente, mas, diante da falta de informações precisas, decidiu levar o caso adiante.
Segundo uma fonte do blog, nos últimos dias que antecederam sua morte, Elilson vinha exagerando no consumo de bebidas alcoólicas.
Vi esta matéria e ponderei alguns questionamentos que deveriam ser respondidos pelo próprio blogueiro. Jornalismo imparcial (sem fazer menção a nenhum jornal daqui) é ouvir os dois lados. Me pergunto como alguém poderia terminar um obra, uma vez que o governo de Jackson fora cassado , o que automaticamente deixa os secretários imobilizados. Roberto não tinha como terminar. Quem assumi o governo assumi as demandas certo? Então por que as obras não foram terminadas?
Mas isso não aconteceu justamente quando Roseana Sarney tomou o governo de Jackson Lago? Acho que após a cassação de Jackson Lago a responsabilidade pela obra do Costa Rodrigues ficaria por conta da nova administração não é mesmo?
Até onde eu sei Weverton não poderia dar continuidade a obra pois como secretário do governo Jackson Lago não poderia exercer seu cargo já que o então governador teve seu mandato cassado e teve que interromper sua gestão.
Na minha opinião, já que a empresa foi paga segundo o blogueiro, de maneira integral, ou seja, foi tudo custeado, ela deveria seguir com a obra independente da troca de governadores ou secretários. Não entendi o porque a empresa abandonou a obra. Ela não deveria ser notificada por conta disso?? Roberto não pode fazer nada. Ele está mais nesta secretaria. O correto seria o atual secretario assumir a obra, dar continuidade e exigir que a mesma seja concluída o mais rápido possível.