Com 80% das chuvas de maio no sábado (10), Prefeitura articula força tarefa de auxílio às vítimas

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Vítimas das chuvas da Vila Apaco foram abrigadas na U.E.B. Santa Clara, onde receberam alimentos e colchonetes
Vítimas das chuvas da Vila Apaco foram abrigadas na U.E.B. Santa Clara, onde receberam alimentos e colchonetes

A precipitação média registrada em São Luís neste sábado (10) foi de 125 milímetros, o que corresponde a 80% do esperado para todo o mês de maio. Os dados são do Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Preocupado com a situação das famílias que vivem nas áreas de risco, o prefeito Edivaldo mobilizou a Força Tarefa de Resposta a Desastres da Prefeitura de São Luís, que atua para minimizar os danos causados e dar suporte às vítimas das chuvas.

O fenômeno natural foi provocado através da zona de convergência com ventos que se estabeleceram na costa leste do Nordeste, atingindo vários estados. Em São Luís, de acordo com o secretário de Segurança com Cidadania, Breno Galdino, foram registradas 10 ocorrências de deslizamentos e aproximadamente 40 de alagamentos no sábado. Coroadinho, Piancó, Vila Lobão e Santo Antônio foram alguns dos bairros onde ocorreram deslizamentos. Entre a noite de sábado e a manhã deste domingo (11), a Defesa Civil Municipal colocou lonas próximas às encostas para evitar mais deslizamentos.

Amparo

Entre as ações realizadas está a remoção de 30 famílias do bairro Salinas do Sacavém que foram abrigadas em duas associações do bairro. A Secretaria da Criança e Assistência Social (Semcas) já iniciou a verificação do aluguel social junto ao CRAS da área. “A ideia é que as pessoas fiquem o menor tempo possível nos abrigos e nas improvisações. Estamos trabalhando para que todos estejam no aluguel social o mais breve possível”, afirmou Andreia Lauande, titular da Semcas.

Foram providenciados imediatamente 32 colchonetes, 30 cestas básicas e água para atender os desabrigados. Lauande explicou que as ações desenvolvidas seguem o plano emergencial do município. Ela citou como exemplo áreas considerada críticas como Vila Apaco e Vila Militar onde ainda no sábado houve a remoção de 14 famílias para a Unidade Básica de Educação (U.E.B.) Santa Clara.

Plano emergencial

“É bom que fique claro que não estamos ‘apagando o incêndio’ de maneira aleatória. A Prefeitura segue o plano emergencial para situações como esta que incluem até rota de fuga. Temos os materiais e os recursos humanos para esta situação e estamos seguindo o trabalho de acordo com o planejado. Na Apaco, a equipe da Saúde já está dando a assistência, o Corpo de Bombeiros e outras equipes do governo do estado estão ajudando”, informou Andreia Lauande.

Entre os moradores atendidos na Vila Apaco está Érica Vanessa Salazar, 26 anos. Ela lembrou o desespero que sofreu com os três filhos ao perceber a rapidez do alagamento com as fortes chuvas. O resgate aos moradores começou ainda na noite de sábado. “Inundou tudo. A água invadiu as casas. Eles [Defesa Civil] estão ajudando, mas estamos muito preocupados”, apontou.

O trabalho preventivo desenvolvido constantemente pela Prefeitura evitou uma catástrofe na área onde a água chegou a atingir 1,20 metro de altura. Além do trabalho de remoção, os desabrigados receberam 30 cestas básicas na manhã deste domingo (11) entregues pela Secretaria de Segurança Alimentar (Semsa).

A necessidade de transferência para abrigos também ocorreu no Residencial Tiradentes onde os moradores foram encaminhados neste domingo para uma creche até que o nível da água baixe. Situação semelhante ocorreu no Residencial Maria Aragão onde, após a transferência dos desabrigados, foi feito um levantamento da necessidade de colchões e alimentação.

Na área Itaqui-Bacanga, a Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Semosp) visitou a escola Rosário Freire, próxima à Unidade Mista da Área Itaqui-Bacanga, durante este domingo. O muro da escola caiu e as equipes da Semosp iniciam a reconstrução da estrutura nesta segunda-feira (12).

No Cohatrac, foram registrados muitos casos de alagamento. O canal Cohab/Cohatrac evitou que mais problemas ocorressem no bairro. Para garantir a erradicação dos transtornos, a Prefeitura tem planejadas obras de drenagem para a região, o que aumentará o sistema de captação, para evitar que a água fique acumulada.

As secretarias municipais de Governo (Semgov), Criança e Assistência Social (Semcas), Segurança com Cidadania (Semusc), Saúde (Semus), Obras e Serviços Públicos (Semosp), Trânsito e Transportes (SMTT) e Educação (Semed) continuam mobilizadas para auxiliar os desabrigados. As ações emergenciais estão sendo adotadas em parceria com as secretarias de Estado de Segurança e Assistência Social. A orientação é para que as famílias que residem em áreas de risco deixem estes locais.

Durante toda a semana após a intensificação das chuvas no início do mês, a Defesa Civil realizou vistorias em áreas de risco, atendeu ocorrências e interditou mais de vinte moradias. O órgão especializado em desastres naturais também entregou notificações em pontos de alto perigo de deslizamentos. A Defesa Civil trabalha preventivamente na conscientização e sensibilização dos moradores das localidades mais suscetíveis a tais sinistros.

Barragem do Bacanga

Também foram registrados alagamentos na área do Coroadinho/Coroado e Sá Viana. Os problemas foram ocasionados pelo manejo hidráulico da comporta do Bacanga impedindo a vazão do rio das Bicas e agravando os alagamentos na região. A abertura das comportas foi inviabilizada pela maré cheia. A Secretaria de Estado de Infraestrutura, com o apoio da Semosp, está trabalhando no esvaziamento da barragem. Os trabalhos estão ocorrendo em ritmo intenso devido à previsão de chuva forte para esta segunda-feira.

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