As movimentações políticas do pré-candidato comunista ao Governo do Estado, Flávio Dino, nesta pré-campanha ameaçam comprometer a reeleição do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC). Não satisfeito em atrair para o seu palanque partidos e figuras políticas sem nenhuma afinidade histórica com o PCdoB, Dino vem se aliando a pretensos adversários do prefeito na eleição municipal de 2016.

É o caso dos deputados Neto Evangelista (PSDB) e Eliziane Gama (PPS), esta última a mais recente “aquisição” do comunista. Candidato a vice-prefeito em 2012, Evangelista acalenta o projeto de disputar a sucessão municipal daqui a dois anos. Maior entusiasta da adesão do do seu partido à chapa de Dino, Evangelista, com certeza, exigirá compensação, o que pode incluir um eventual apoio do Palácio dos Leões, caso o oposicionista saia vitorioso das urnas em outubro.

Eliziane representa uma ameça ainda mais perigosa para os planos de Edivaldo Júnior de se reeleger. Terceira colocada no pleito municipal de 2012, com mais de 70 mil votos (13,8% do total), a deputada não esconde de ninguém a sua ambição de governar São Luís. E foi justamente com esse propósito que desistiu de disputar o governo agora e aliar-se a Dino. Mais adiante, caso ele se eleja, cobrará a fatura.

Outros nomes que integram o arco de alianças do comunista, embora menos cotados, podem vir a concorrer à eleição de prefeito em 2016. Entre esses estão o próprio João Castelo, caso se eleja deputado federal ou senador, e Bira do Pindaré, que já disputou o cargo, em 2008.

Enquanto Dino sela acordos políticos indiscriminadamente e fortalece certos nomes para a sucessão municipal, Edivaldo vê acender o sinal de alerta. E certamente reagirá, o que poderá ser desastroso para os planos da oposição.