A Polícia Militar evitou, na tarde deste sábado, o registro de um dos maiores confrontos entre presos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, que poderia ter consequências inimagináveis. Detentos das facções criminosas Primeiro Comando da Capital – PCC e Primeiro Comando do Maranhão – PCM, em número superior a 100 estiveram próximos de um confronto, em uma quadra da Central de Custódia de Presos de Justiça – CCPJ de Pedrinhas.
De há muito venho chamando a atenção das autoridades e até do Comitê de Gestão Integrada para o aumento das facilidades proporcionadas pela segurança do Sistema Penitenciário, e mais precisamente pela falta de um mínimo de seriedade das administrações das unidades prisionais, que permitem muitos interesses de presos e familiares, inclusive na falta de rigor nas revistas nos dias de visitas. Há exigências para alguns e facilidades para outros, daí os constantes problemas que venho denunciando.
O que é mais grave em tudo isso reside na indiferença da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária para a problemática, o que acaba se constituindo em uma séria omissão e por extensão do próprio Governo do Estado.
À tarde de ontem, um grupo de presos da facção PCC foi conduzido para tomar banho de sol na quadra da CCPJ. Pouco tempo depois, já informados que os rivais se encontravam na dequadra, os detentos do PCM começaram a promover um quebra dentro do pavilhão em estavam recolhidos com vistas a arrebentar cadeados e arrancar grades para ir ao encontro dos opositores. Uma onda de pavor tomou conta do presidio e um alerta geral foi dado, diante da iminência de um morticínio inimaginável. Como a Força Nacional de Segurança, com um efetivo bastante reduzido e só vai ao Complexo de Pedrinhas quando é acionada, o mesmo acontecendo com o GEOP, os apelos se dirigiram à Polícia Militar e pediram a presença do coronel Ivaldo Barbosa. Os comandos de Operações Especiais e do Choque, tiveram que utilizar bombas de efeito moral para acalmar os dois grupos, que demonstravam estar dispostos a se digladiarem até as últimas consequências, uma vez que a PM chegou a tempo deles se encontrarem, o que faltava muito pouco.
Depois de controlado o iminente conflito, o coronel Ivaldo Barbosa, lamentou profundamente a ausência de agentes penitenciários dentro das unidades prisionais, uma vez que eles são as pessoas treinadas para o enfrentamento da situação apresentada, além de sempre trabalham com a prevenção fazendo mudanças estratégicas internas, que dificultam a organização. Se não houver uma imediata avaliação da realidade que está posta dentro do Complexo de Pedrinhas, não estão descartados novos problemas com consequências graves, disse oComandante de Operações Especiais da Policia Militar.