Elisângela Cardoso, presidente da Funac
Um plano emergencial de segurança será implantado imediatamente no Centro da Juventude Esperança, unidade de internação de adolescentes em conflito com a lei, mantido pela Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), no bairro da Maiobinha. A informação é da diretora-presidente da Funac, Elisângela Cardoso, que esteve reunida, nesta sexta-feira, com o major da Polícia Militar, Luis Eduardo Vaz.
As providências serão voltadas para evitar novos motins até que o plano de segurança definitivo seja concluído, explicou Elisângela. A decisão foi tomada depois da última rebelião, na segunda-feira (19), considerada uma das mais violentas entre as dez ocorrências registradas este ano.
O saldo final foi a morte de um adolescente e 17 feridos, sendo 14 adolescentes e três educadores. Além disso, a ala A do CJE foi completamente destruída com a ação dos infratores. O centro tem hoje 53 internos entre 13 e 21 anos. A penalidade varia de seis meses a três anos de reclusão, de acordo com a infração cometida, pena estabelecida no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Não enfrentamos o mesmo problema nas demais unidades que também vão ser atendidas pelo Plano de Segurança que está sendo elaborado, visando garantir a segurança das unidades, além da capacitação do corpo funcional nas seguintes temáticas: negociação de conflitos, noções de inteligência e defesa pessoal, esclareceu, Elisângela Cardoso.
Ao todo a Funac mantém seis unidades quatro em São Luís e duas em Imperatriz. Na capital funcionam as unidades de internação, a de internação provisória, a semiliberdade e uma unidade de internação feminina, que possui apenas três internas. Imperatriz conta uma unidade provisória e uma semiliberdade.
A coordenadora de programas socioeducativos da Funac, Alexandrina Abreu, defende o aumento do efetivo policial na unidade da Maiobinha. São apenas dois policiais na unidade. Esperamos mudanças nessa área, revelou. O CJE possui 175 funcionários entre monitores, socioeducadores, técnicos, administrativo e operacional.
O major Vaz disse que serão implantadas algumas iniciativas visando ações preventivas de rebeliões. As ações deverão ser integradas e deveremos contar com o apoio de outras secretarias como Cultura, Esporte, Saúde, Educação e Trabalho e Economia Solidária, destacou.
A diretora administrativa da Funac, Anailde Everton Serra, revelou que acredita numa mudança de comportamento na unidade de internação com a implantação do plano de segurança. Hoje, o público tem conhecimento do que realmente acontece na unidade da Maiobinha. O número de ocorrências, total de dez, significa que aumentaram as rebeliões, com isso se faz necessário implantar novas ações que venham mudar essa situação, defende.
Hoje a proposta é construir uma relação de confiança entre monitores, técnicos, socioeducadores e adolescentes, que junto com a jornada pedagógica aplicada na unidade e uma política de profissionalização permanente, contribuirá para a ressocialização desses adolescentes e jovens, concluiu a presidente da Funac.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Governo do Estado
TEM QUE COMEÇAR O PLANO MUDANDO A IMCOPETENTE QUE DIRIGE A INSTITUIÇÃO, BOTA IMCOPETÊNCIA NISSO!