O pistoleiro Jhonatan de Sousa Silva, 25 anos, tentou inocentar o empresário Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, ao ser interrogado pelos três promotores que participam do seu julgamento e de Marcos Bruno Silva de Oliveira, 29, pelo assassinato do jornalista Décio Sá. Em depoimento prestado à polícia, durante o inquérito, ele afirmou que Bolinha o teria o contratado por R$ 100 mil para matar Décio, mas hoje mudou a versão, acusando, dessa vez, o homem identificado apenas como Neguinho, que jamais foi preso pelo crime.
Jhonatan disse que aceitou matar o jornalista porque havia acabado de sair da cadeia e precisava de dinheiro para sustentar a família. Minutos depois, entrou em contradição, após uma pergunta feita pelo promotor Rodolfo Soares dos Reis. Ao responder ao questionamento, o assassino disse que bancou do próprio bolso a viagem a Teresina, onde matou o empresário Fábio Brasil, e sua estadia em São Luís nos dias que antecederam a execução de Décio.
Além de tentar livrar Júnior Bolinha da culpa, o pistoleiro negou que tenha sido Marcos Bruno o piloto da moto que o levou ao local do crime e depois lhe deu fuga. E acusou Neguinho de tê-lo transportado antes e depois do assassinato.
Júri concorrido
Um público formado por advogados, estudantes de Direito, representantes de entidades de classe e cidadãos com interesse no assunto, acompanham o julgamento neste momento. O espaço, com capacidade para 200 pessoas, está completamente lotado. A imprensa também acompanha o caso atentamente. Repórteres de diversos veículos locais e correspondentes da imprensa nacional vêm desempenhando importante papel na divulgação do julgamento.
A previsão do juiz Osmar Gomes é que o julgamento seja concluído ainda hoje. O três promotores já adiantaram que pedirão pena máxima (30 anos) para os dois réus.
Com informações da Corregedoria Geral de Justiça