Golpe duro no turismo

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Taxa de ocupação de hotéis, em torno de 40%, foi considerada baixa para o período (Foto: Douglas Jr.)
Taxa de ocupação de hotéis, em torno de 40%, foi considerada baixa para o período (Foto: Douglas Jr./O Estado)

São Luís enfrenta, nos últimos três anos, uma grave crise no setor turístico. Desde 2011, o número de visitantes vem caindo sensivelmente devido a três fatores, que se sucederam de forma desastrosa para o segmento. Primeiro, foi o rompimento da cobertura do saguão do Aeroporto Marechal Cunha Machado, que impôs ao terminal uma rotina caótica, marcada pelo improviso. Em 2012, a poluição das praias por milhões de metros cúbicos de esgoto afastou da capital a leva de turistas que costumava ser atraída justamente pela beleza do litoral. Mais recentemente, o aumento da violência levou a uma nova retração, percebida na fraca ocupação de hotéis e na baixa frequência de público em bares e restaurantes da orla e do Centro Histórico.

Com o problema do aeroporto resolvido e as praias em condições normais novamente, resta devolver a tranquilidade à outrora pacata São Luís. A repercussão nacional e até mundial da carnificina no Complexo Penitenciário de Pedrinhas e dos incêndios de ônibus, com a morte de uma menina de seis anos, fez muita gente excluir a cidade dos seus roteiros de viagem. As forças de segurança pública têm se desdobrado no combate à criminalidade, mas a bandidagem ainda não foi de todo contida.

O setor hoteleiro amarga sério prejuízo. A ocupação de hotéis e pousadas em janeiro, mês de férias, está em torno de 40%, percentual bem abaixo que o registrado historicamente na alta estação. Nem as promoções têm dado o retorno esperado. A expectativa agora se volta para o Carnaval, mas a recuperação depende, fundamentalmente, do recuo da violência e da montagem de programações atrativas pelos governos estadual e municipal.

Neste momento de crise, é preciso dar prioridade às  políticas de turismo, em âmbito federal, estadual e municipal. É inadmissível que uma cidade como São Luís, com seu potencial inquestionável como ponto de visitação, tamanha a beleza do seu litoral e a riqueza do seu acervo histórico, fique à margem de um processo que tantos ganhos pode trazer à cidade.

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