O Sampaio Corrêa fez ontem, na vitória de 5 x 3 sobre o Macaé-RJ, no Castelão, uma partida digna de time grande. Os cinco gols refletiram muito bem a superioridade tricolor em campo desde os primeiros minutos. Tanto que a equipe chegou a abrir 5 x 1 antes da metade do segundo tempo. O jogo teria tido um desfecho perfeito, não fosse um equívoco cometido pelo técnico Flávio Araújo, que ao substituir o meia Ribinha pelo zagueiro Johildo e praticamente abdicar de atacar, atraiu o adversário para a defesa boliviana. Resultado: o Macaé fez mais dois gols, que lhe garantiram sobrevida na competição.

O Sampaio mostrou ontem que tem poder de fogo. Com lances bem tramados, o time chega com certa facilidade ao ataque. Outra virtude é a diversidade de jogadas. Os dois gols marcados com chutes de fora da área e o toque de bola envolvente que resultou no gol do lateral direito Toti de dentro da pequena área provaram essa versatilidade.

A mexida errada de Flávio Araújo custou caro. O Sampaio estava melhor e tinha tudo para ampliar o placar. O adversário já demonstrava cansaço e parecia resignado com a goleada. Enfim, o tão sonhado acesso estava virando realidade. Mas, ao pôr um zagueiro em campo, com o propósito de segurar o resultado, o treinador reascendeu o ânimo do rival, que se lançou vorazmente ao ataque e contou com uma falha do próprio Johildo para diminuir o marcador.

No jogo de volta contra o Macaé, no próximo sábado, no Rio de Janeiro, o Sampaio pode até perder por um gol de diferença que garantirá a classificação à semifinal e à Série B. Mas enfrentará um adversário que jogará para frente do início ao fim. Sendo assim, o Tricolor precisará, mais do que nunca, repetir a eficiência ofensiva do jogo de ontem. Do contrário, passará os 90 minutos acuado.