Maranhão é o 2º estado mais exportador do Nordeste, aponta Sudene

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Em 2023, a soja representou 23,4% da pauta de exportação (quase US$ 6 bilhões) (Foto: Divulgação/Aiba)

Entre os anos de 2013 e 2023, o Nordeste teve um crescimento de quase 60% no volume de exportações. O dado é do Boletim Comércio Exterior do Brasil e Região Nordeste (2013-2023), elaborado pela Coordenação de Avaliação e Estudos da Sudene, que traz informações sobre o desempenho dos nove estados nordestinos na balança comercial nacional, com dados sobre importações e exportações ao longo de 10 anos. Destaque no levantamento, o Maranhão ocupa a segunda posição em fluxo de comércio para o exterior no período analisado, tendo a soja como principal produto de exportação.

De acordo com a publicação, as exportações do Nordeste passaram de 16 bilhões de dólares, em 2013, para cerca de 25 bilhões de dólares, em 2023. A participação nas exportações brasileiras, no ano passado, foi de 7,3%. Em 2013 o déficit da balança comercial da Região era de quase US$ 10 bilhões, passando para menos de US$ 2 bilhões no ano passado (redução de 80%).

Em 2023, a soja representou 23,4% da pauta de exportação (quase US$ 6 bilhões), enquanto a participação do petróleo ficou em 13% (pouco mais de US$ 3,2 bilhões dólares). Segundo o economista José Farias, coordenador substituto de Avaliação e Estudos da Sudene, “apesar da pauta de exportação ser diversificada, ela é muito concentrada em produtos simples e do setor primário (commodities)”. Os principais estados exportadores do Nordeste, em 2023, foram Bahia, que respondeu por 44% da pauta, tendo o petróleo e a soja como principais produtos (quase US$ 5 bilhões exportados no ano); Maranhão, que exportou 22% do total regional, tendo como principal produto a soja (quase 40%); e Piauí, onde a soja também foi protagonista. Os três estados estão inseridos na Matopiba – região considerada uma grande fronteira agrícola nacional. A sigla corresponde às iniciais de cada uma das unidades federativas que compõem a região – Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Na lista dos principais estados exportadores do Nordeste está, ainda, o Ceará, onde o destaque foram os semimanufaturados de ferro ou aço, com quase 43% do total das exportações do estado e a quase totalidade do que foi exportado pelo Nordeste. Outro integrante da lista é Pernambuco, com “uma pauta mais complexa, com a participação de automóveis, representando menos de 2%”, analisa José Luís Alonso, técnico da mesma coordenação. Os 10 principais países de destino das exportações nordestinas foram China, Estados Unidos, Singapura, Canadá, Países Baixos (Holanda), Argentina, Espanha, Alemanha, México e França. No período avaliado, as Importações nordestinas caíram quase 800 milhões de dólares, que representaram uma participação de 11,2% nas importações nacionais.

O boletim destaca que em 2023, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), “as exportações brasileiras tiveram o melhor desempenho dos últimos tempos, mesmo em um cenário internacional adverso (queda nos preços das comodities e instabilidades climáticas)”. As vendas brasileiras ao exterior alcançaram o valor recorde de US$ 339,6 bilhões e o país alcançou um saldo comercial de US$ 98,8 bilhões, proveniente de importações no valor de US$ 240,8 bilhões.

O Boletim Comércio Exterior do Brasil e Região Nordeste (2013-2023) está disponível, em detalhes, no site da Sudene (www.gov.br/sudene).

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