Projeto do Curso de Nutrição da Universidade Ceuma propõe bebida probiótica de hibisco

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Projeto desenvolvido pela professora Dra. Adrielle Zagmignan elaborou uma bebida probiótica à base de chá e frutas

Desenvolver pesquisas que ultrapassem os muros do ambiente acadêmico é uma missão desafiadora, mas totalmente possível, já que a universidade se apoia no tripé: ensino, pesquisa e extensão. Na Universidade Ceuma, a pesquisa científica tem sido amplificada, recebendo investimentos para potencializar projetos inovadores, como o desenvolvido pela professora Dra. Adrielle Zagmignan, que criou um projeto para elaborar uma bebida probiótica à base de chá e frutas.

Doutora em Biotecnologia pela Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (PPG-BIONORTE, da qual a Universidade CEUMA faz parte), Dra. Adrielle se dedica há dois anos a pesquisas com o fruto mirim. Este ano, identificou uma nova lacuna no estudo e submeteu o projeto ao edital do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) da Universidade. Com o projeto aprovado e financiado pela IES, ela decidiu unir biodiversidade, sustentabilidade e responsabilidade social ao propor uma fórmula de bebida probiótica destinada a pessoas veganas, pessoas com alergias ao leite e/ou com restrições alimentares, ou ainda àquelas que seguem uma dieta saudável como estilo de vida.

Segundo a professora Zagmignan, a ideia é criar uma bebida com sabor e combinação únicos: chá de hibisco, fruto da vinagreira, e a fruta mirim, esta última encontrada no interior do Maranhão, especificamente em Humberto de Campos e Barreirinhas, cuja safra ocorre apenas em setembro. Para exemplificar o sabor, a pesquisadora descreve o mirim como uma fruta adocicada que remete ao gosto de banana, destacando também seu potencial antioxidante.

Dra. Adrielle identificou uma nova lacuna no estudo e submeteu o projeto ao edital do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), da Universidade Ceuma

“O hibisco é um fruto com propriedades antiobesidade e diuréticas, ou seja, aumenta a produção de urina, contribuindo para a eliminação de toxinas. A ideia do Hiblo+ surge para impactar positivamente, pois tem como objetivo melhorar a saúde digestiva, a microbiota intestinal e a cognição. Será um produto de uso diário muito potente. O uso da fruta mirim é algo inovador, pois não há pesquisas desenvolvidas com a fruta. Existem estudos com a folha, mas ainda não foram realizados tendo como objeto de estudo a fruta”, afirma Dra. Adrielle.

Pensando em colaborar com o progresso científico, a Universidade Ceuma contratou uma assessoria de inovação para que os discentes e docentes aprovados no edital pudessem ter uma visão de aplicabilidade de mercado em relação aos seus protótipos e projetos, ultrapassando os muros do ambiente acadêmico.

Para Nádia Moura, acadêmica de Nutrição e bolsista PIBITI, participar do programa de Inovação e Tecnologia permitiu que ela entendesse como é o desenvolvimento de pesquisas científicas e se aproximasse de suas pretensões profissionais, com uma percepção que vai além da sala de aula. “Quando você está em sala de aula e ouve falar do PIBITI, você se questiona sobre o que é e nem imagina que vai muito além do laboratório. Eu já aprendi tanta coisa que não sabia, e isso abriu um leque de possibilidades sobre a minha profissão. Falar sobre isso ajuda a abrir os olhos de outros alunos para que entendam e se interessem pelas oportunidades proporcionadas pelo PIBITI. Ao elaborar as pesquisas de mercado, tudo que encontramos são bebidas lácteas, e nós chegamos com esse diferencial, valorizando o que temos no Maranhão, vindo da região amazônica”, argumentou.

A Universidade Ceuma contratou uma assessoria para acompanhar os alunos na execução dos projetos, garantindo que eles tenham uma visão mercadológica

A Ceuma contratou uma assessoria para acompanhar os alunos na execução dos projetos, garantindo que eles tenham uma visão mercadológica, realizando a “maratona de inovação”, que verifica as possibilidades de negócios com impacto social. “Quando olho para trás, vejo como essa assessoria possibilitou que professores e alunos tivessem um novo olhar sobre seus projetos”, declarou.

O projeto de pesquisa foi submetido ao edital Sinapse Bioeconomia, voltado para projetos inovadores inseridos na Amazônia Legal, com foco na preservação amazônica, na categoria de alimentos e bebidas. Aprovado na segunda etapa, a ideia do Hiblo+ concorre a uma capacitação, suporte e recursos financeiros não reembolsáveis no valor de R$ 60 mil. Já está aprovado e segue para a terceira etapa.

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