Atentado contra a educação em Conceição do Lago Açu

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Computadores amontoados em sala da escola Raimundo Nonato Meneses
Microcomputadores amontoados em sala da escola Raimundo Nonato Meneses

A pequena Conceição do Lago Açu, cidade da região do Mearim com menos de 10 mil habitantes, situada a 312 km de São Luís, registra há quase cinco anos uma situação lamentável: o desperdício de microcomputadores que deveriam beneficiar centenas de estudantes que jamais souberam o que é inclusão digital. As máquinas, repassadas ao município por meio do Proinfo, programa do Ministério da Educação voltado a promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica, ficam amontoadas em depósitos, expostos a todo tipo de desgaste ou avaria.

A escola municipal Raimundo Nonato Menezes é uma das que registra o problema. A unidade de ensino recebeu seis microcomputadores em novembro de 2008 para serem utilizados como ferramentas de apoio às aulas. Detalhe: nenhuma delas foi ligada até hoje e por estarem fora de operação há tanto tempo é provável que estejam danificadas.

Até hoje, a sala que deveria ser usada como laboratório de informática está vazia. O espaço dispõe, inclusive, de conexão com a internet, mas é impossível navegar na rede, pois nenhum terminal foi instalado.

Os computadores e uma impressora chegaram à escola embalados em caixas, devidamente protegidos, e foram deixados em uma sala usada como depósito de materiais e para guardar a merenda escolar servida aos alunos. Trata-se de uma determinação da direção, o que prova que não há qualquer cuidado com a integridade dos equipamentos, guardados como se fossem sucata.

Equipamentos ficam jogados sobre mesas, sem qualquer proteção contra desgaste e avarias
Máquinas permanecem jogadas sobre mesas, expostas a desgaste e avarias

A falta de zelo com o patrimônio coletivo e o consequente prejuízo aos estudantes ocorrem desde a gestão do ex-prefeito Fernando Maciel, que em maio deste ano foi condenado pela Justiça Federal por envolvimento na Máfia dos Sanguessugas, esquema de desvio de verbas do Ministério da Saúde descoberto em 2006.

O desperdício criminoso continua na gestão da atual prefeita, Marly Marly (PSD) e não há qualquer indício de que o absurdo terá fim.

O descaso é antigo e não há qualquer sinal de que haverá solução. Por isso, já passou da hora de uma intervenção do Ministério Público, da Justiça e da própria polícia.

Abaixo, vídeo que mostra os microcomputadores amontoados:

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