No Brasil, esse tipo de câncer acomete entre 35 a 40 mil brasileiros, anualmente; médico Stênio Roberto Santos, especialista no assunto, diz que doença está atrelada a tabagismo e consumo exagerado de álcool
SÃO LUÍS – O mês de julho começa com a campanha ‘Julho Verde’ e um alerta à população mundial sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço, visto que, quanto antes descoberto, maior é a eficácia no tratamento. No Brasil, esse tipo de câncer acomete entre 35 mil a 40 mil brasileiros anualmente.
O principal objetivo da campanha é chamar atenção para tumores que, muitas vezes, apresentam sintomas negligenciados. É que o diagnóstico tardio prejudica a qualidade de vida do paciente. Dentre os sinais estão rouquidão persistente, nódulos no pescoço, dificuldades para engolir, aftas, manchas brancas na boca, mudança de voz e lesões com sangramento e de cicatrização demorada.
Os principais fatores de risco do câncer de cabeça e pescoço, segundo o médico Stênio Roberto Santos, especialista nesse assunto, estão atrelados a tabagismo e consumo exagerado de álcool, especialmente os tumores de boca, laringe, hipofaringe e orofaringe. “Outro fator é representado pela infecção pelo HPV, que também pode ser a causa da doença”, frisa o médico.
A patologia de tumores de cabeça e pescoço pode acometer a boca, a língua, o palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireoide e seios paranasais. O que mais preocupa os médicos é o fato de 60% dos diagnósticos serem descobertos quando as chances de cura e as sequelas já são maiores.
O tratamento normalmente exige intervenção cirúrgica, mas pode ser necessário sessões de radioterapia e quimioterapia. Tudo depende do local, da gravidade e do estágio do tumor, da idade e das condições de saúde do paciente.
Alguns hábitos de prevenção:
– Não fumar
– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
– Ter alimentação rica em frutas, verduras e legumes
– Manter boa higiene bucal
– Usar protetor solar e evitar exposição ao sol prolongada
-Usar preservativo (camisinha) na prática do sexo oral
– Manter o peso corporal adequado
– Recomendar a vacinação do HPV para os meninos de 11 a 14 anos e para meninas de 9 a 14 anos.