O secretário municipal de Comunicação, Márcio Jerry, divulgou nota informando que esteve na Câmara Municipal de São Luís ontem para negar que “jamais, em momento algum”, estimulou, coordenou ou tomou conhecimento prévio da “ocupação” da Casa por moradores da Vila Apaco e por integrantes de movimentos sociais, entre os dias 23 e 29 de julho. Ainda assim, terá que esclarecer o episódio em sessão legislativa no próximo dia 20, conforme requerimento de autoria da vereadora Luciana Mendes (PTdoB), aprovado nesta terça-feira.

Jerry chegou a protocolar documentos no Legislativo municipal para eximir-se de qualquer responsabilidade, embora alguns manifestantes, vereadores e até membros da gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior o tenham apontado como principal mentor da invasão.

Na nota, Jerry diz que entregou pessoalmente ao presidente da Câmara, Isaías Pereirinha, ofício esclarecendo o que chamou de “boatos” sobre seu envolvimento na ocupação da Casa. E, como de praxe, disseminou sua versão nas redes sociais.

Para reforçar sua suposta inocência, Márcio Jerry cita uma manifestação pública e escrita, feita pelo ativista Diego Brasil, um dos líderes da ocupação. Mas omite a declaração de outro militante, que no ato da invasão disse alto e bom som a vereadores e demais pessoas presentes que o grupo estava ali a seu mando.

Ao procurar a Câmara Municipal para negar participação na ocupação da Casa, Márcio Jerry dá a entender que quer evitar atrito entre o prefeito Holandinha e os vereadores, o que pode resultar em uma crise política com desdobramentos imprevisíveis.

Por isso, ele se movimenta desesperadamente, dando toda a pinta de que o que mais quer agora é corrigir a trapalhada que cometeu.