As epidemias de dengue e influenza avançam e fazem mais e mais vítimas no país, inclusive algumas fatais. O Maranhão está entre as regiões com tendência de aumento da dengue; e segundo dados do Ministério da Saúde já foram registradas 1.256 morte por dengue em todo país. E num recorte local, segundo dados da Secretária Estadual de Saúde, já foram registrados no Maranhão 763 casos de dengue (de janeiro até 15 de abril) e 361 casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) no mesmo período.
Na guerra contra a dengue e outras doenças, a informação é fundamental, em especial para os profissionais multidisciplinares que atuam no setor de saúde. E segundo a diretora Clínica do Hospital do Servidor Estadual (HSE-HSLZ) Dra. Sílvia Mochel é preciso somar esforços para enfrentar as epidemias que só crescem no Estado:
“Aqui no Hospital do Servidor Estadual, assim como em outros hospitais, a nossa emergência está cheia de casos de dengue e síndromes gripais. Por isso achamos necessário fazermos uma nova reciclagem com nossas equipes médica e multiprofissional através de uma palestra técnica, e também conversar com nossos colaboradores sobre como eles pode se prevenir em casa e na comunidade. Essa foi a nossa colaboração nesse momento tão necessário” enfatizou a Diretora Médica do HSE – HSLZ.
O palestrante foi o infectologista e coordenador da CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) do Hospital do Servidor Estadual (HSE-HSLZ) Dr. Daniel Wagner; que abordou o tema “Epidemias no Maranhão: Da Dengue ao Influenza”, para os times de profissionais do HSE – HSLZ, na última quinta – feira (18.04) na sede do hospital. Além de questões técnicas sobre sintomas e protocolos de tratamento para pacientes com essas doenças; o infectologista também frisou as diferenças entre dengue e influenza e as formas de prevenção.
“São duas síndromes distintas. A dengue é uma arbovirose, que causa febre, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos e que pode ser uma doença com sintomas leves, mas algumas vezes pode apresentar sinais de agravamento, com formas graves com hemorragias e choque, ou seja, com pressão arterial baixa. Já o influenza é uma virose respiratória que pode se dar em formas leves, porém também pode evoluir de forma grave, que é a síndrome gripal onde o paciente pode ter febre, dor no corpo, diminuição do apetite, tosse, falta de ar e complicações com algumas outras infecções. As duas são doenças imuno-previníveis. Influenza tem a vacina disponível anualmente no plano nacional de imunizações e que deve ser incentivada em toda a população. Já na prevenção de influenza é recomendado adotar o uso de máscaras e as etiquetas preventivas. E para a prevenção da dengue é essencial eliminar o acúmulo de água parada nas residências para diminuir a proliferação do mosquito, além da existência de uma vacina já liberada para uma parte da população, de acordo com a idade” ressaltou o infectologista.
Esse e outros eventos de reciclagem técnica fazem parte do modelo de gestão do HSLZ – HSE e segundo o Diretor Geral Plínio Valério Tuzzolo melhoram a qualidade final da assistência prestada aos servidores estaduais usuários do FUNBEN:
“Esse momento foi muito enriquecedor para todos, pois a prevenção também passa pela boa informação. Nesse evento, aprendemos muito com as dicas e dados trazidos pelo nosso infectologista Dr. Daniel Wagner. Essa reciclagem fortaleceu o preparo dos nossos times para poderem atender cada vez melhor os servidores que são os nossos pacientes. Parabenizo a diretoria médica e a CCIH do nosso hospital por essa iniciativa mais que oportuna. Lembrando que investir em tecnologias, pessoas e conhecimento continuado é algo presente em nossos 14 anos de gestão do HSLZ – HSE” ressaltou o diretor-geral Plínio Valério Tuzzolo.