Vereador Marlon Botão solicita que obras do PAC em São Luís priorizem sistema de água potável para a área Itaqui-Bacanga

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O vereador Marlon Botão já realizou uma audiência pública na área Itaqui-Bacanga para ouvir moradores sobre o desabastecimento de água na região

O vereador Marlon Botão (PSB) afirmou nesta semana que vai trabalhar para que parte dos recursos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Maranhão seja utilizada na expansão do sistema de abastecimento de água potável para a área Itaqui-Bacanga – que tem uma população estimada de mais de 200 mil habitantes.
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De acordo com o parlamentar, com o investimento de R$ 97 bilhões do programa no estado, o governo terá recursos suficientes para expandir o Sistema Italuís, o que vai garantir o abastecimento dos bairros do Itaqui-Bacanga – que há décadas sofrem com a falta d’água.
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“Temos uma oportunidade única com o Novo PAC. O Maranhão vai receber R$ 97 bilhões em investimentos do governo federal, e vamos trabalhar para que parte desse vultoso recurso seja utilizada para sanar um problema histórico da nossa capital, que afeta milhares de famílias carentes, que é a falta de abastecimento de água da área Itaqui-Bacanga”, disse.
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Marlon Botão argumentou que o investimento pode tirar do papel o projeto de expansão do Sistema Italuís, destacado na audiência pública de sua autoria, para discutir o abastecimento da região Itaqui-Bacanga, realizada no Gapara.

“Em março, realizamos uma importante audiência pública no Itaqui-Bacanga, reunindo o governo, através da Caema, a Vale e a assembleia legislativa, para discutir o grave problema de abastecimento de água dos bairros da região. E nessa audiência tivemos um direcionamento concreto, que vai garantir resultado positivo na prática, que foi o destaque da parceria firmada entre Caema e Vale para garantir a expansão do Sistema Italuís”, disse.
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“Na oportunidade, fomos informados que dois projetos já haviam sido criados para viabilizar essa ampliação do sistema, um para que a água venha através do Gapara, num primeiro momento, e o outro pela Vila Maranhão, melhorando consideravelmente o abastecimento e dando um passo significativo para solucionar o histórico problema de falta d’água na área Itaqui-Bacanga. Com os recursos do Novo PAC no Maranhão, esses projetos poderão sair do papel”.
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Problema histórico
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O vereador alertou que a área Itaqui-Bacanga passa por um momento crítico no abastecimento, com diversas comunidades sofrendo com a falta d’água.
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“A nossa luta pelo Itaqui-Bacanga é constante. E todos os dias eu recebo famílias do Itaqui-Bacanga que reclamam da falta d’água. Algumas comunidades só não estão completamente desabastecidas por causa de poços artesianos, mas até esses poços já não conseguem atender a demanda”, disse.
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“Muitos poços secaram, e muitos outros estão com a vazão cada vez menor. Muitos dos poços que ainda têm alguma água passam pelo problema de poluição, estão com a água contaminada, o que tem causado muitas doenças na população mais pobre, que é obrigada a consumir essa água suja por falta de opção”.
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Na avaliação do vereador, se nada for feito, existe o risco real de comunidades inteiras ficarem completamente desabastecidas.
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“A gente está num cenário, agravado é claro pela mudança climática, pelo crescimento desenfreado da cidade, pela poluição do ar e dos lençóis freáticos, em que existe o risco real de comunidades inteiras ficarem completamente desabastecidas, sem ter água nem para beber”, alertou.
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“Se não fizermos nada agora, desde já, nós colocaremos vidas em risco. E percebemos um agravamento generalizado, mas ainda pior em regiões como o Gapara, Cidade Nova, Argola e Tambor, Vila Embratel, Anjo da Guarda, Vila Isabel, Vila Bacanga, Fumacê, Sá Viana, entre outros. Nós temos agora a chance de resolver essa situação investindo na expansão do Sistema Italuís, no fortalecimento da Caema. Precisamos de uma Caema forte para garantir o abastecimento da população mais pobre e vulnerável de São Luís”.
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Contraste
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O vereador ressaltou que a área Itaqui-Bacanga é uma região marcada por contrastes, pois ao mesmo tempo em que abriga grandes empreendimentos, que geram lucros bilionários, a sua população é empobrecida e sofre com a falta de oportunidades.
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“A área Itaqui-Bacanga abria empreendimentos bilionários, como a Vale e o Porto do Itaqui, mas toda essa riqueza gerada na região não retorna para as comunidades. São mais de 200 mil habitantes, e a grande maioria é de famílias pobres que vivem em grande dificuldade. Estamos lutando para mudar esse cenário, trabalhando para conseguir entregar resultados positivos na prática para a população, e isso só será feito com políticas públicas estruturantes”, disse.

“É por isso que agora vamos trabalhar para que esses recursos do Novo PAC sejam utilizados de maneira inteligente em São Luís, criando uma política pública estruturante e duradoura, que é a expansão do Sistema Italuís. É inadmissível que uma região que gera tantas riquezas para alguns seja a mesma em que milhares de famílias não têm água potável para as necessidades mais básicas do dia a dia”.
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O parlamentar disse ainda que, além da expansão do Italuís, outras políticas públicas estruturantes são necessárias para aplacar a desigualdade social que existe no eixo Itaqui-Bacanga.
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“Precisamos garantir a qualidade do transporte, construir mais escolas, centros técnicos, hospitais, criar oportunidades para a capacitação dos jovens do Itaqui-Bacanga, para que eles ocupem o mercado de trabalho. É extremamente necessário darmos esse passo, mas isso se torna um desafio quando ainda não conseguimos garantir água potável para essas famílias”, disse.
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“É por isso que insisto tanto nesse tema e bato repetidamente nessa tecla. Resolver o abastecimento de água do Itaqui-Bacanga se tornou uma missão de vida para mim, porque eu conheço essas comunidades de perto, testemunho o sofrimento das mães de família, dos pais que, além de todas as dificuldades, não têm sequer água potável para as necessidades mais básicas do dia a dia. Nós podemos e vamos mudar essa realidade trabalhando com inteligência, aplicando os recursos públicos de maneira correta, priorizando o bem estar da população”.

Marlon Botão mantém diálogo permanente com o governador Carlos Brandão para encaminhar solução de demandas da população de São Luís

Poços artesianos
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Marlon Botão também destacou que a sociedade deve agir em conjunto com o poder público para preservar o sistema de poços artesianos que já abastecem a cidade.
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“A gente sabe que, em muitas regiões, o abastecimento é feito em grande parte por meio dos poços artesianos. Além da ampliação do sistema de abastecimento, precisamos garantir que os poços já existentes sejam preservados e recebam manutenção constante, para garantir a qualidade da água que chega, e para isso a população tem que se unir ao poder público para cuidar dos poços artesianos já existentes”, disse.
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“O problema de abastecimento também faz com que algumas pessoas perfurem poços artesianos por conta própria. Mas é importante que a população saiba que isso não vai resolver o problema, muito pelo contrário, tem o potencial de agravá-lo. Precisamos garantir a manutenção periódica dos poços já existentes, integrá-los às comunidades, aumentar a vazão da água para que todas as famílias tenham acesso”.
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“A verdade é que já temos poços artesianos suficientes, o que precisamos agora é garantir que eles atendam a população com qualidade, com manutenção regular. Cuidando dos poços já existentes e expandindo o Sistema Italuís, nós certamente vamos resolver de uma vez por todas o problema do abastecimento de água nos bairros da área Itaqui-Bacanga. Mas, para isso, temos que garantir o fortalecimento da Caema”.
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Investimento na Caema
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Segundo Marlon Botão, os investimentos na Companhia de Saneamento Ambienta do Maranhão (Caema) são essenciais para garantir o abastecimento de São Luís, especialmente da população mais pobre.
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“Todos esses problemas relatados pela população do Itaqui-Bacanga podem ser resolvidos com investimentos na Caema. A Caema tem como garantir o abastecimento regular de toda a área Itaqui-Bacanga se houver investimento na estatal. A verdade é que a companhia hoje não tem orçamento para atender a demanda crescente da população, e com isso as famílias de localidades mais afastadas, como o Itaqui-Bacanga, são muito prejudicadas”, disse.
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“É por isso que apresentei indicação na Câmara, direcionada ao governador Carlos Brandão, para que neste momento em que o governo está contraindo novos empréstimos e financiamentos, solicite também uma linha de crédito específico para o fortalecimento da Caema; para que os projetos estruturantes da empresa (de ampliação do Sistema Italuís) sejam de fato operacionalizados e beneficiem a população. Não tenho dúvidas de que o nosso governador, com toda a sua inteligência política e capacidade de articulação, encontrará uma saída, o que o nosso mandato sugere que pode ser feito através do BNDES, por exemplo”.
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Não à privatização!

Marlon Botão reafirmou que os investimentos na Caema são importantes para proteger as famílias mais carentes. Na sua avaliação, a possível privatização da companhia seria catastrófica para a população mais pobre.
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“Precisamos de uma empresa pública que seja gerida com o foco em garantir o melhor atendimento à população, em especial à população mais pobre que tanto depende dos serviços públicos. Essa não é uma conta difícil de fazer. Empresas privadas põem o lucro em primeiro lugar, e temos exemplos práticos de como isso pode ser prejudicial para a população mais pobre”, disse.
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“Temos o exemplo das telecomunicações, que foram totalmente privatizadas, o que acarretou uma série de problemas como a falta de sinal em regiões mais afastadas, os altos custos das linhas. Mais recente, em São Paulo, temos o caso da Enel, companhia privada de energia que deixou a população por mais de uma semana sem energia elétrica. E em todos esses casos, apesar de o problema ser sentido por todos, os pobres são sempre os mais afetados. Então, temos que ter uma Caema forte para proteger a nossa população”.
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O parlamentar afirmou que o atual desafio da Caema é fazer a ampliação do sistema para atender a todos de forma qualificada, mas que governo e sociedade civil também devem fazer a sua parte.
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“Está claro que a Caema precisa ampliar o seu sistema de distribuição. Já me reuni diversas vezes com o presidente Marcos Aurélio, com os demais técnicos, e ficou claro de que nós temos água para abastecer toda a população do Itaqui-Bacanga, mas a Caema ainda não consegue fazer essa distribuição da melhor forma possível”, disse.
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“Então, para que tenhamos uma Caema forte, pujante, e que atenda a população de maneira adequada, é necessário que o governo fortaleça a companhia e que a população também faça a sua parte, evitando o desperdício, pagando a sua conta corretamente e não fazendo qualquer tipo de desvio. Os mais pobres terão direito à taxa social e, com isso, nós vamos garantir a saúde da Caema e a qualidade de vida da população”.
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Mobilização nas comunidades
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O vereador destacou que tem conversado com a população das comunidades da área Itaqui-Bacanga com a intenção de criar uma grande mobilização popular pela ampliação do Sistema Italuís com investimentos do Novo PAC.
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“Estamos reunindo toda a população do Itaqui-Bacanga, especialmente a população dos bairros mais afetados pelo problema de abastecimento, num grande movimento para mostrar ao governador Carlos Brandão a importância de tornar realidade essa obra estruturante, que vai beneficiar milhares de famílias, que é a ampliação do Sistema Italuís por meio de investimentos do Novo PAC”, disse.

O vereador Marlon Botão com o presidente da Caema, Marco Aurélio, em uma das reuniões para discussão do abastecimento de água em comunidades da capital

“Tenho certeza de que o governador Carlos Brandão é sensível a essa questão e de que será reconhecido pela população do Itaqui-Bacanga por essa grande obra. Com a ampliação do Sistema Italuís, sobre o comando da Caema, o governo vai fortalecer a região do Itaqui-Bacanga, levando dignidade para essas comunidades, assegurando à população, de uma vez por todas, esse direito básico que é acesso a água potável”, finalizou.

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