Cansado de ouvir reclamações de moradores em relação aos buracos nas ruas e avenidas do São Cristóvão, o vereador Francisco Chaguinhas (PRP) organizou, por conta e recursos próprios, na última quinta-feira (27), uma “ação emergencial e pontual” para tapar a buraqueira do bairro.
A operação tapa-buracos financiada pelo parlamentar, foi realizada no cruzamento das ruas Cônego Ribamar Carvalho e Nova Jerusalém, em um dos trechos com maior número de buracos. A via que liga as avenidas Lourenço Vieira da Silva e José Sarney chegou a ser interditada com pneus e galhos de árvores. É por ela que os ônibus da região do São Raimundo passam para chegar ao terminal de integração do São Cristóvão.
A rua Cônego Ribamar Carvalho ficou bloqueada por quase um mês, prejudicando o trânsito e colocando em riscos a vida dos moradores, já que os pneus utilizados no protesto poderiam virar foco de mosquito da dengue. Como os serviços não foram realizados pela Prefeitura, Chaguinhas então decidiu comprar areia, pedra e cimento para concretar a buraqueira. As reivindicações na Prefeitura para que os buracos fossem fechados, segundo ele, são antigas. As providências não foram tomadas, o que levou os buracos a se multiplicarem e se tornarem mais profundos.
“A comunidade aguardou um mês para que a Prefeitura viesse tapar essa cratera. Como os serviços não foram realizados e essa importante rua não poderia ficar interditada por muito tempo, já que interliga duas importantes avenidas, inclusive, o terminal de integração, resolvemos minimizar os efeitos e através de um mutirão tapamos os buracos, tornando o corredor viário transitável”, informou Chaguinhas.
Aprovação
O motorista José Ribamar Silva Feitosa, 54, que circula pelo local há mais de 10 anos, elogiou a iniciativa do vereador e contou que em dias de chuva, os ônibus, carros e pedestres ficavam impossibilitados de transitar pela via. “O trabalho realizado pelo vereador [Chaguinhas] é de grande importância, pois já não sabíamos mais a quem recorrer. O São Cristóvão sem foi um bairro esquecido pela Prefeitura”, protestou.
Além de organizar a operação por conta própria, Chaguinhas colocou a mão na massa, enquanto sua equipe carregava o material para perto dos buracos ele ia espalhando. “Esta operação é uma forma de protesto. É uma satisfação que eu devo à população, eles vêm até mim para reclamar, por isso eu tinha de tomar uma medida, mesmo que simbólica”, explica. “Quem sabe, assim, nós não conseguimos sensibilizar as autoridades municipais e o bairro seja contemplado com melhorias na área de infarestrutura?”, questiona.