Evento, que tem como tema “Mais informação e menos preconceito”, acontece de 2 a 6 de abril com música, exposições, feira empreendedora e palestras sobre o autismo
Difundir informações para a população sobre o autismo e, assim, reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno, é o objetivo do Dia Mundial da Conscientização do Autismo (2 de abril), que será celebrado pelo São Luís Shopping nos dias, 2, 4, 5 e 6 de abril com uma programação com música, exposições, feira empreendedora e palestras sobre o autismo. O evento tem como tema este ano “Mais informação e menos preconceito“. A data foi estabelecida em 2007.
“Assim como saúde, educação, o lazer é muito importante para as pessoas com autismo e suas famílias, viajar, passear, ir a um parque, a um shopping, brincar não é supérfluo, é necessário para a saúde e para o desenvolvimento das pessoas com autismo”, afirmou Igor Quartin, gerente de Marketing do shopping.
O autismo é um transtorno crônico mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar. Envolve a intervenção de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da imprescindível orientação aos pais ou cuidadores. É altamente recomendado que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado, pois nenhuma pessoa com autismo é igual a outra.
Igor Quartin observa que os transtornos do espectro autista (TEAs) aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, eles se manifestam nos primeiros 5 anos de vida. As pessoas afetadas pelos TEAs frequentemente têm condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível intelectual varia muito de um caso para outro, variando de deterioração profunda a casos com altas habilidades cognitivas.
PROGRAMAÇÃO
Domingo, dia 02/04
Show na praça de alimentação do piso 2 com Augusto Neto (Cantor Autista) – 12h às 13h
Terça-feira, dia 04/04
Palestras a partir das 15H – Praça de alimentação do piso 2
Tema: A origem e necessidade das entidades de terceiro setor para pessoas no TEA. – Palestrante: Telma Sá Nascimento (Presidente da Associação dos Amigos dos Autistas do Maranhão “AMA-MA”, Professora, Ativista, Especialista em ABA para pessoas autistas e Membra Consultiva da Comissão dos Direitos da Pessoa Autista – OAB (MA).
Tema: Autismo e as barreiras enfrentadas. – Palestrante: Patrícia Cavalcante (Psicóloga do Comportamento; Mãe Atípica, Ativista e criadora de conteúdo digital sobre Autismo (@paisatipicos.autismo); Terapeuta ABA Adultos Autistas nível de suporte 1; Especialista em Saúde Mental com foco em prevenção e tratamento ao suicídio, ansiedade e depressão. Pós-graduanda em Neuropsicologia; Coordenadora de Grupo Terapêutico para adultos autistas nível de suporte 1; Membra Consultiva da Comissão dos Direitos da Pessoa Autista – OAB (MA).
Tema: Autismo: diagnóstico e possibilidades de intervenção. – Palestrante: Rhayssa Fernandes (Psicóloga; Mestre em Teoria e Pesquisa do Comportamento UFPA e Supervisora ABA na Clínica.)
Quarta-feira, dia 05/04
Palestras a partir das 15h – Praça de alimentação do piso 2
Tema: Metodologias e processos educativos na intervenção das habilidades psicomotoras. Palestrante: Jackson Magno Silva (Graduado em Educação Física e Especialista em Psicomotricidade.)
Tema: Importância da estimulação aquática para o tratamento e evolução comportamental das pessoas com autismo. – Palestrante: Stefâny Silva Cruz (Há 13 anos trabalhando com ensino de habilidades aquáticas e terrestres para pessoas com autismo; Bacharel e Licenciado em Educação Física pela UFMA, especialista em autismo, ABA, em Educação Física Escola e Professor de Escola Pública.)
Tema: Educação física especial e artes marciais para pessoas com autismo. – Palestrante: Ronald Araújo (Mestrando em Educação Física pela Universidade Federal do Maranhão. Pós-graduando em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) para autismo e deficiência intelectual. Membro pesquisador do grupo de estudos no Laboratório de Biomecânica e Comportamento Motor (LaBiCoM) da Universidade Federal do Maranhão. Formação em Educação Física Especial na perspectiva analítico-comportamental (ABA) para autismo e outros transtornos de neurodesenvolvimento.
Quinta-feira dia 06/04
Palestras a partir das 15h – Praça de alimentação do piso 2
Tema: Autismo em cordel – Vivências poéticas no olhar de uma mãe autista. – Palestrante: Tereza Cristina Santos (Pedagoga, escritora, mãe do Rian – adolescente com TEA.)
Tema: Transtornos de processamento sensorial, como identificar e como intervir. – Palestrante: Juliana Bandeira (Terapeuta ocupacional, residência em uti neonatal e desenvolvimento infantil, residência em reabilitação neuro-músculo-esquelética, habilitada no conceito neuroevolutivo bobath e baby bobath, certificada internacionalmente em Integração Sensorial pela Universidade do Sul Califórnia-EUA, habilitada nas metodologias intensivas: Therasuit/Pediasuit e treino básico e avançado. Atuou por 10 anos como Terapeuta Ocupacional e Coordenadora da UTI Neonatal e follow-up de crianças de risco, atuou durante anos como docente das disciplinas de Pediatria e Neuropediatria na Universidade Ceuma – MA e proprietária da Clínica Lapetit.
Terça, quarta e quinta-feira (04, 05 e 06/04)
Família TEA Empreendedora – 10h às 22h
– Exposição e venda de artesanatos e demais itens produzidos pelas mães empreendedoras no corredor da Loteria.
Saiba mais
Embora algumas pessoas com TEAs possam viver de forma independente, existem outras com deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo de suas vidas. As intervenções psicossociais baseadas em evidência, tais como terapia comportamental e programas de treinamento para pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEAs e seus cuidadores. As intervenções voltadas para pessoas com TEAs devem ser acompanhadas de atitudes e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos e sociais sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores.