Sujeira e violência

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Muro de residência totalmente pichado na Coheb, às margens da Avenida dos Franceses, uma das mais movimentadas da capital
Muro totalmente pichado na Coheb, à margem da Avenida dos Franceses, uma das mais movimentadas da capital

Não bastasse a buraqueira que toma conta de grande parte das ruas e avenidas de São Luís, as pichações voltaram a emporcalhar fachadas de residências e imóveis comerciais, conferindo a diversos pontos da cidade um aspecto nada atraente. A diferença é que agora, as gangues, que antes se limitavam a disputar os espaços a serem pichados e quando se confrontavam o faziam quase sempre com paus e pedras, passaram a agir com violência desmedida, não raro portando armas de fogo e com ligações  estreitas com o tráfico de drogas e outros crimes.

A onda de sujar muros e paredes, geralmente com tinta spray, surgiu no fim dos anos 80 e se manteve em alta na capital até a segunda metade da década de 90. Na época, era comum as gangues se identificarem por siglas como MC (Mensageiros de Cristo), GR (Garotos Rebeldes) e DR (Detonadores de Rua) e expressões chamativas, a exemplo dos Garotos da Bota Preta, uma das mais famosas e temidas.

Com a reestruturação das polícias, a partir de 1997, houve recuo das gangues de pichadores, que passaram a ser tratados impiedosamente pelas forças de segurança quando flagrados em pleno ato.

Agora, com a nova escalada da violência, essa modalidade de vandalismo está de volta, associada a outros crimes, como assaltos, tráfico de drogas e até homicídios.

Portanto, ao ver um muro ou parede pichados, o cidadão pode ficar certo de que além da marca registrada do autor, estará diante do rastro de algum crime hediondo.

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