Elionai Sousa Silva, 43, será submetido a júri popular pelo assassinato, a golpes de faca, da sua ex-companheira Celcilene Santana Rodrigues, que na época tinha 31 anos. O crime ocorreu no dia 3 de maio de 2022, por volta das 18h30, dentro de uma pousada no bairro Madre Deus, em São Luís. O denunciado, que foi preso em flagrante, alegou ter cometido o crime em legítima defesa. Ele continua preso.
Na pronúncia, o juiz titular da 3ª Vara do Tribunal do Júri, José Ribamar Goulart Heluy Júnior, determinou que Elionai Sousa Silva seja levado a júri popular e negou ao acusado o benefício de aguardar o julgamento em liberdade. O réu já foi condenado por outro crime na 1ª Vara de entorpecentes de São Luís.
A irmã da vítima disse que o relacionamento do denunciado e vítima era conturbado e chegou a presenciar o réu agredindo a irmã. Contou também que o casal ficou três meses separado por conta das agressões. Disse, ainda, que nesse período Celcilene Santana contou à irmã que o ex-companheiro a seguia e que chegou a pedir medidas protetivas contra ele. Outra testemunha afirmou, em juízo, que o acusado usava drogas e era bastante agressivo inclusive com o filho da ex-companheira de apenas um ano de idade.
O dono da pousada afirmou, em depoimento, que no dia do crime a recepção da pousada recebeu uma chamada telefônica do hóspede de um dos quartos, relatando que havia esfaqueado a mulher, que iria se matar e pediu para que chamassem a polícia. Foi o proprietário do estabelecimento que levou vítima e acusado feridos para o hospital, usando o carro do próprio denunciado.
Ao ser ouvido durante audiência de instrução, Elionai Sousa Silva disse que foi o autor do crime, mas agiu em legítima defesa. Contou que a ex-companheira viu no celular do denunciado a foto de uma mulher com a qual ele estava se relacionando e iniciaram uma discussão. Relatou, ainda, que Celcilene Santana pegou uma faca e o golpeou e nesse momento ele tomou a arma da mulher e deu cerca de 13 facadas na ex-companheira que já chegou sem vida ao hospital.