Um desabafo: o que há com a Rádio Educadora?

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Do Blog de Marcial Lima

educadoraHoje resolvi tratar de um tema diferente. Farei este texto em primeira pessoa para externar uma opinião pessoal, um desabafo.

Como radialista, jornalista, e acima de tudo uma pessoa sensível, não posso me calar com uma situação que acontece há muito tempo com alguns companheiros do rádio.

Afinal, o que há com a Rádio Educadora do Maranhão?

Durante o ano de 2012, observei com muita atenção os impasses na emissora. Doze meses se passaram, e nada mudou. Aliás, o problema apenas se aprofundou.

Depois de um longo período de espera, é preciso tornar pública a falta de cidadania e desrespeito a profissionais da comunicação que se dedicam diariamente a boa prestação de serviços por meio do veículo mais fascinante de todos: o Rádio.

Como explicar, uma emissora pioneira no jornalismo, com 47 anos de história, atrasar por mais de 15 meses os salários de funcionários? Aliás,  esse absurdo de tempo é apenas uma estimativa aproximada da situação de alguns. Porque existem funcionários que nem se lembram quando receberam seus últimos vencimentos, que já eram escassos.

A Rádio Educadora iniciou sua programação dando espaço para movimentos estudantis, ambientais, políticos e permitiu discussões para a comunidade, mesmo sendo uma emissora pertencente ao clero católico. O mesmo engajamento que fazia o brilho na sua programação, hoje é necessário para pelo menos gerar uma explicação sobre sua decadência.

Presto minhas solidariedades aos companheiros que resistem e continuam suas atividades profissionais em nome de uma profissão desvalorizada, mas que tem seu papel social dos mais importantes de todos. E com influência inconstestável, da qual alguns segmentos não tem ideia. E se tivessem bom entendimento, investiriam com todas as suas forças.

Inauguração da Rádio Educadora, em 1966
Inauguração da Rádio Educadora AM, em 1966

Se falamos diariamente de gestores públicos e empresas privadas que não cumprem seus compromissos, precisamos denunciar veículos de comunicação que pregam cidadania e não honram nem a dignidade financeira dos seus profissionais. Friso que esta é uma opinião minha, sobre um assunto que precisa chegar ao conhecimento do grande público.

Os nossos sindicatos já deveriam ter se pronunciado sobre o tema. Tomei conhecimento que o presidente do Sindicato dos Radialistas do Maranhão, José Santos, tentou intermediar a situação como pode, mas sem sucesso. Uma só força, por mais que bem intencionada, não é suficiente.

O  Ministério Público do Trabalho deve ser procurado.

É incrível também como nós que fazemos a imprensa, não costumamos  falar dos problemas vividos pela  nossa própria categoria.

Fui procurado por vários profissionais da Rádio Educadora, e alguns questionaram se eu teria coragem  de  denunciar  este episódio. Assumi o compromisso pelo fato de me colocar no lugar de cada profissional que espera pela justiça, pela dignidade, pelo reconhecimento, pela remuneração justa.

Não tenho absolutamente  nada  contra os  diretores da Educadora. É apenas uma cobrança que  faço neste espaço que deve servir como plataforma de democratização da comunicação.

Por fim, uma saudação aos guerreiros  da  Rádio Educadora do Maranhão. Precisamos valorizar esse tesouro chamado Rádio AM… e queremos resposta!

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