Por meio de diagnósticos empresariais, mentorias e consultorias, Sebrae ajudar empresas a se manterem ativas
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Após o colapso da Ponte Juscelino Kubitschek, ocorrido em dezembro de 2024, a economia do município de Estreito enfrenta grandes desafios. Com a redução do fluxo de pessoas e veículos, comerciantes e empresários locais sofrem impactos diretos nas vendas e na sustentabilidade de seus negócios. Diante desse cenário, o Sebrae ampliou sua atuação na cidade, oferecendo uma nova etapa das ações de apoio ao empresariado, desta vez levando consultorias, mentorias e cursos para auxiliar os empreendedores a enfrentarem essa crise. Entre essas ações se destaca a oferta de atendimento personalizado por meio do programa “Sebrae na sua empresa”, que leva suporte diretamente aos estabelecimentos comerciais.
Desde o início desta semana (24), uma equipe de consultores do Sebrae tem visitado empresas de porta em porta, realizando diagnósticos para entender as principais dificuldades dos empreendedores. Danilo Borges, analista do Sebrae e coordenador da ação em Estreito, reforça que a Instituição se propôs a ampliar sua presença na cidade para atuar de forma direta na mitigação dos efeitos da crise. “O Sebrae, com seus parceiros, se propôs a ampliar a atuação de forma a levar conhecimento e orientação para o público empreendedor da cidade, que necessita neste momento de muita atenção para manter seus negócios ativos diante de uma situação inédita”, afirma.
Além das consultorias individuais, uma programação de mentorias em gestão e palestras estará sendo realizada nesta quinta-feira (27). Uma das atividades de destaque é a palestra sobre mentalidade empreendedora, que busca expandir o pensamento estratégico dos empresários e ajudá-los a identificar oportunidades dentro das dificuldades enfrentadas. “Esse é apenas o início do primeiro ciclo, que deve durar até o final do ano, com ações focadas e direcionadas para garantir resultados específicos”, acrescenta Danilo Borges.
Empresários buscam novas estratégias para superar dificuldades
Os impactos da tragédia são evidentes em diversos setores. A empresária Simone Coelho, que possui quatro empreendimentos na cidade, relata que suas vendas caíram entre 40% e 50% após a queda da ponte. “Vi muitas empresas precisando demitir funcionários, mas sempre enfatizo para minhas colaboradoras que precisamos inovar e nos reciclar. Esse é o diferencial que tem sido um aliado nas vendas”, destaca. Para ela, o apoio do Sebrae tem sido fundamental para buscar novas estratégias. “Receber o diagnóstico e as consultorias é uma grande oportunidade para encontrar soluções e melhorar nosso comércio local”.
A fisioterapeuta Herbene Melo, que recentemente passou a enxergar seu trabalho também como um empreendimento, vê a iniciativa do Sebrae como uma chance de aprendizado e crescimento. “Nós tivemos esse fatídico evento da ponte que afetou grandes e pequenos empresários. Então, essa iniciativa nos traz um novo horizonte. Não basta abrir uma empresa, é preciso cuidar dela e expandi-la”, pontua.
Já para José Hipólito, proprietário da Mak-Fer, empresa de ferramentas e equipamentos para caminhões, a incerteza tem sido um grande desafio. “A queda da ponte desestruturou tudo. Muitos clientes vinham do Tocantins, e agora com a dificuldade de acesso, nossas vendas despencaram. Tem dias que penso que vai melhorar, mas no outro dia não vendo quase nada”, lamenta. Segundo ele, “o momento exige cautela e planejamento, e o apoio do Sebrae pode fazer a diferença”.
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A consultora do Sebrae, Juliana Lima, reforça que a presença da instituição na cidade vai além das orientações técnicas. “Nosso papel é pegar na mão do empreendedor e mostrar que ele não está sozinho. Estamos trazendo soluções estratégicas, cursos, mentorias e palestras para apoiar os empresários de Estreito. Esse é um momento que exige empatia e proximidade, e é isso que estamos oferecendo”, acrescentou.
Com a continuidade do programa “Sebrae na sua empresa”, a expectativa é que os empresários da cidade consigam fortalecer seus negócios e encontrar alternativas para minimizar os impactos da crise. As ações seguem nos próximos meses, com a ampliação de atendimentos e novas iniciativas para fomentar o empreendedorismo local.