Por Marlon Botão*

Em tempos de inteligência artificial, em que cidades estudam formas de aplicar as novas tecnologias para garantir mais dinamismo e eficiência à Administração Pública, retorno a um tema que considero basilar para o real desenvolvimento de qualquer cidade, estado ou país: o acesso universal à água potável.

Uma coisa que aprendi ao longo de mais de quarenta anos de atividade pública, de militância política, é que o verdadeiro desenvolvimento só pode ser construído a partir das pessoas. Portanto, ainda que muito rica, uma cidade só será realmente desenvolvida se a sua população – especialmente a mais vulnerável – tiver seus direitos básicos garantidos.

É por isso que para mim, um homem pardo, nascido na periferia de São Luís, e que construiu toda a sua militância em defesa dos menos favorecidos, o saneamento básico é algo tão ou ainda mais importante para o nosso desenvolvimento do que os avanços tecnológicos.

Nesse sentido, o Maranhão tem uma oportunidade única em sua história. Sob a liderança do governador Carlos Brandão, o estado firmou uma grande parceria com o governo Lula para garantir recursos para obras de infraestrutura, com impacto em todos os 217 municípios. Ao todo, serão R$ 97 bilhões investidos nos próximos anos no Maranhão a partir do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Esses recursos serão fundamentais para a implementação de políticas públicas de universalização do acesso à água potável, expandindo de maneira considerável um trabalho que já vem sendo feito desde o primeiro dia de mandato do governador Carlos Brandão para garantir que as novas gerações alcancem um padrão de vida sustentável e compatível com todas as potencialidades do nosso estado; para que o desenvolvimento chegue para todos, principalmente para os que mais precisam, gerando equilíbrio social.

Em São Luís, cidade que é referência para todo o estado, destino de tantos maranhenses que buscam melhores condições de vida, milhares de famílias ainda sofrem com a falta de água potável, especialmente na Zona Rural e na área Itaqui-Bacanga, duas das regiões que mais geram riqueza para o município. Com os investimentos do Novo PAC, a partir da parceria firmada por Carlos Brandão com o governo federal, o Maranhão terá a oportunidade de finalmente tirar do papel o projeto de expansão do Sistema Italuís, levando água potável todos os bairros e, especialmente, para comunidades que hoje enfrentam o risco real de ficarem completamente desassistidas caso nada seja feito, como Gapara, Cidade Nova, Argola e Tambor, Vila Embratel, Anjo da Guarda, Vila Isabel, Vila Bacanga, Fumacê, Sá Viana, entre outras.

A expansão do Sistema Italuís será o primeiro passo para construirmos um futuro verdadeiramente desenvolvido não só em São Luís, mas em todo o Maranhão, em todos os demais 216 municípios onde políticas de ampliação do abastecimento de água também devem ser implementadas, consolidando Carlos Brandão como um dos políticos e gestores mais profícuos do país.

Mas a garantia do acesso à água potável deve ser uma prioridade do governo não só pelo fator humano, pela responsabilidade que o Executivo tem com os seus cidadãos, mas também porque é um excelente negócio.

Estudos mostram que a universalização do acesso à água potável gera impactos econômicos significativos. Em primeiro lugar, atrai investimentos privados. Empresas buscam locais com infraestrutura básica consolidada, e o fornecimento seguro de água é um fator determinante para a instalação de indústrias, especialmente aquelas que utilizam água em seus processos produtivos. Em segundo lugar, reduz os custos em saúde pública. Doenças de veiculação hídrica, como diarreia e dengue, sobrecarregam o sistema de saúde e prejudicam a produtividade da força de trabalho. Ao garantir água potável, reduz-se a incidência dessas doenças, aumentando a produtividade e diminuindo gastos públicos.

Além disso, a valorização imobiliária e urbana é outro benefício direto. Regiões com acesso garantido à água e saneamento básico atraem projetos habitacionais, turísticos e comerciais, ampliando a arrecadação tributária. Essa infraestrutura também estimula o empreendedorismo e gera empregos. Pequenos negócios, como lavanderias, restaurantes e salões de beleza, dependem do fornecimento seguro de água. As obras e a manutenção da rede hídrica também criam empregos diretos e indiretos, movimentando a economia local.

O turismo sustentável também é impulsionado pela universalização do acesso à água. Uma cidade com infraestrutura hídrica adequada se torna mais atrativa para turistas, incentivando o turismo ecológico, cultural e de eventos. A economia local é fortalecida, e práticas de consumo consciente são promovidas, alinhando o crescimento econômico com a preservação ambiental.

No campo industrial e agrícola, a água potável também desempenha papel central. Esses setores, fundamentais para a economia maranhense, precisam de acesso contínuo e seguro à água para expandir suas atividades, aumentando a produção e a competitividade econômica. Cidades com boa gestão hídrica também se tornam mais resilientes a eventos climáticos extremos, reforçando a sustentabilidade e a resiliência climática.

Na base de tudo isso, no caso do nosso estado, está a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema). A Caema é uma empresa composta por profissionais de alto grau de competência, que precisam apenas de mais investimento, injeção de capital, para a produção das tecnologias necessárias para garantir a qualidade do abastecimento de água no nosso estado, tendo como foco central o interesse da nossa população.

Garantir água potável a todos é um compromisso político com o futuro do Maranhão. Sob a liderança de Carlos Brandão e com o respaldo do governo Lula, o estado caminha para consolidar um modelo de desenvolvimento sustentável, inclusivo e próspero. A expansão do Sistema Italuís e o fortalecimento da Caema não são apenas obras de infraestrutura; são símbolos de um governo comprometido em transformar potencial em progresso, e oportunidades em realidades para todos os maranhenses.
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*Líder político e militante há mais de 40 anos.