Operação expulsará desmatadores, grileiros e outras pessoas que promovem atividades ilegais na Terra Indígena Araribóia, no Maranhão
Uma nova operação para expulsar criminosos da Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, teve início nesta segunda-feira – 10 de fevereiro, com participação da ABIN. As ações da operação são coordenadas pela Casa Civil e pelo Ministério dos Povos Indígenas e contam com a participação de mais de 20 órgãos federais.
A maior pressão externa sobre a Terra Araribóia é a extração ilegal de madeira, além da pecuária irregular e de conflitos fundiários. Outras ameaças a serem identificadas pela operação também serão alvo das forças federais. O objetivo é resguardar a vida dos indígenas e a proteção do território.
A Inteligência atua desde o processo preparatório da operação, buscando prevenir o escalonamento de conflitos e a violência. As ações da ABIN são voltadas para a construção de um amplo panorama sobre a região. O trabalho abrange identificação do histórico de ocupação, ilícitos ambientais e análise de riscos para a realização das ações operacionais. Os dados são utilizados no planejamento e execução da desintrusão.
Iniciadas as ações, as Inteligências dos órgãos que compõem a missão atuam permanentemente com o objetivo de conferir ampla consciência situacional sobre aspectos de interesse, sob a coordenação da ABIN.
TI Arariboia
A Terra Indígena Araribóia tem cerca de 413 mil hectares distribuídos entre os municípios maranhenses de Amarante, Bom Jesus das Selvas, Arame, Buriticupu, Santa Luzia e Grajaú. A homologação do território foi concedida aos povos Awá e Guajajara em 1990. Eles estão distribuídos em 150 aldeias e passam de 10.300 indígenas.
A operação de desintrusão atende a uma determinação do Supremo Tribunal Federal, bem como a uma medida cautelar da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).