Nanossatélite desenvolvido pela UFMA passa por último teste no INPE antes do lançamento na Base de Alcântara

0comentário

Missão aeroespacial tem previsão de ocorrer em março deste ano

Os testes foram realizados no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, no interior de São Paulo

O nanossatélite Aldebaran-I, desenvolvido com o apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB), passou por seu último teste ambiental, no dia 15 deste mês, no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos-SP. O cubesat padrão 1U, desenvolvido no Laboratório de Eletrônica e Sistemas Embarcados Espaciais (LABESEE) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), tem como missão principal servir de prova de conceito para localização e salvamento de pequenas embarcações em situações de emergência no mar.

De acordo com o coordenador de Satélites e Aplicações da AEB, Felipe Fraga, o último teste marca um passo importante para o projeto e para o Programa Espacial Brasileiro, ao validar o projeto para o lançamento de mais um satélite nacional. “O Aldebaran-I terá uma aplicação crucial na busca e resgate de pequenas embarcações, atendendo a uma necessidade real da comunidade maranhense”, explicou Fraga.

Além da função primária de busca e salvamento, o Aldebaran-I possui uma missão secundária voltada para a prevenção de queimadas, utilizando plataformas de coleta de dados ambientais. O projeto, que também conta com apoio da Fundação Sousandrade (FSADu) e outras parcerias estratégicas, envolveu intensa programação computacional e ensaios de campo com o suporte do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e da Marinha do Brasil.

O nanossatélite tem como missão principal servir de prova de conceito para localização e salvamento de pequenas embarcações em situações de emergência no mar

No teste final, a equipe do LABESEE/UFMA submeteu o nanossatélite ao teste de vibração, uma etapa obrigatória para garantir que o satélite possa resistir às condições extremas de lançamento. O procedimento foi realizado em um equipamento chamado “shaker” e seguiu as especificações do lançador indiano PSLV, responsável por colocá-lo em órbita baixa (LEO). O sucesso do teste confirmou a aceitação de voo do Aldebaran-I.

Com os testes concluídos, o nanossatélite foi entregue à startup All to Space, de Brasília-DF, responsável pelo transporte para a Índia. A NewSpace India Limited (NSIL) fará a integração do satélite com o foguete PSLV no Centro Espacial da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), com previsão de lançamento para março de 2025.

Carlos Brito, coordenador geral do projeto e professor da UFMA, reforçou a importância dos testes e do sucesso alcançado pela equipe. “Além de sua importância tecnológica e social, este projeto beneficiou a capacitação dos nossos alunos da Engenharia Aeroespacial, especificamente contamos com a dedicação e esforço desses estudantes, que sem a participação deles, não teríamos avançado. Agora, nossa expectativa é que ocorra tudo certo com o lançamento e que a equipe receba os primeiros dados após sua entrada em órbita da nossa estação terrestre”, disse.

Com os testes concluídos, o nanossatélite foi entregue à startup All to Space, de Brasília-DF, responsável pelo transporte para a Índia

O desenvolvimento do Aldebaran-I contou com o apoio da AEB, da Fundação Sousandrade (FSADu) e de parcerias importantes como o SpaceLab da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o INPE de Natal-RN, e as startups Innalogics, CRON, Orbital Engenharia e All to Space.

Saiba mais aqui.

Sem comentário para "Nanossatélite desenvolvido pela UFMA passa por último teste no INPE antes do lançamento na Base de Alcântara"


deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS