Petrobras usará tecnologia da Nasa para monitorar a Margem Equatorial, no trecho Amapá-Pará-Maranhão

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O ObMEQ é um dos 13 projetos de sustentabilidade e meio ambiente do Cenpes (foto) para a Margem Equatorial

A Petrobras foi aceita no programa de Early Adopters (primeiros usuários) da missão NISAR (Nasa-ISRO Synthetic Aperture Radar), um projeto conjunto da agência espacial americana e a Organização Indiana de Pesquisa Espacial para desenvolvimento e lançamento, em 2025, de um sistema inédito de coleta de imagens SAR (Radar de Abertura Sintética), por satélite, de observação da Terra. As imagens serão utilizadas pela Petrobras no projeto Observatório Geoquímico Ambiental da Margem Equatorial Brasileira (ObMEQ), com início previsto para o próximo ano, para monitorar o ambiente marinho e costeiro da Margem Equatorial, no trecho Amapá-Pará-Maranhão e atualizar o mapeamento desse litoral. O ObMEQ é um dos 13 projetos de sustentabilidade e meio ambiente do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes) para a Margem Equatorial, os quais são desenvolvidos em rede por diversas instituições, com envolvimento de universidades e outros grupos da região, como é usual nas parcerias de pesquisa da Petrobras.
 
“Há interesses científicos convergentes entre as iniciativas NISAR e ObMEQ, razão pela qual foi estabelecida uma cooperação formal do Cenpes com a missão espacial, com o objetivo de conectar os membros da equipe brasileira com especialistas Nisar, que possam assessorar no plano de observação para o ObMEQ, e se beneficiar da troca de informações de campo na costa da Margem Equatorial e regiões oceânicas adjacentes”, explica Renata Baruzzi, diretora de engenharia Tecnologia e Inovação da Petrobras.
 
“Tal colaboração será muito importante para a obtenção do conhecimento científico necessário para o monitoramento ambiental sistemático da zona costeira de manguezais ao longo da Margem Equatorial. Estamos entusiasmados com a oportunidade da Petrobras obter dados tão importantes e inéditos sobre tal ecossistema”, acrescenta Baruzzi.
 
A missão espacial medirá padrões de mudanças nos ecossistemas, superfícies e massas de gelo da Terra, fornecendo informações sobre biomassa, riscos naturais, aumento do nível do mar e águas subterrâneas. Também será dada atenção especial aos manguezais, ecossistema costeiro importante no contexto das alterações climáticas.
 
A tecnologia utilizada permitirá o  mapeamento periódico de alterações como erosão e deposição de sedimentos na costa, correntes oceânicas, velocidades do vento, localização dos navios e até sinais de petróleo nas águas.
 
O satélite é ideal para o monitoramento de regiões tropicais pois opera na faixa de micro-ondas, em que a atmosfera é transparente, possibilitando a coleta de dados mesmo com ocorrência de nuvens. Com fonte própria de energia, o equipamento funciona ininterruptamente, mapeando dados mesmo com pouca incidência de luz como à noite ou no fim da tarde.
 
Na execução do ObMEQ, serão utilizadas técnicas de sensoriamento remoto com imagens SAR de diferentes satélites e realizados de trabalhos de campo para coleta de amostras visando estabelecer o panorama geoquímico ambiental para a região costeira. Os dados obtidos com esses materiais serão disponibilizados em um sistema com interface web contendo os resultados das análises geoquímicas dos compostos encontrados em campo.

A colaboração entre os cientistas brasileiros e da Nasa será uma importante contribuição à aquisição do conhecimento científico necessário para o monitoramento ambiental sistemático da zona costeira de manguezais ao longo da Margem Equatorial

Transparência

O projeto fornecerá a configuração sempre atualizada do litoral da MEQ, disponível para utilização pelas diversas áreas da Petrobras, órgãos ambientais e sociedade, de acordo com as respectivas necessidades. Uma utilização adicional dos dados da Missão NISAR diz respeito à detecção de manchas de óleo na superfície do mar, tanto de origem natural (exsudações) como antrópica (derrames).
 
O projeto ObMEQ, é resultado de uma parceria entre o Centro de Pesquisas da Petrobras e um ecossistema de universidade e instituições do Norte-Nordeste, liderados pela Universidade Federal do Pará (UFPA). A participação do Cenpes no Early Adopters Program da Missão NISAR é um selo de qualidade científica para o Projeto ObMEQ, uma prova de que a Petrobras e seus parceiros acadêmicos no Brasil estão articulados com o que há de mais avançado na comunidade científica internacional. A colaboração entre os cientistas brasileiros e da Nasa será uma importante contribuição à aquisição do conhecimento científico necessário para o monitoramento ambiental sistemático da zona costeira de manguezais ao longo da Margem Equatorial.

Fonte: Petrobras

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