IBGE aponta que o Maranhão tem duas das três regiões com maiores taxas de pobreza extrema do Brasil

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Mulher utiliza um jumento para transportar galões de água para abastecer sua casa, enquanto criança se alimenta sentada no chão

De 2022 a 2023, o percentual da população brasileira com renda domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza estabelecida pelo Banco Mundial caiu de 31,6% para 27,4%. Este é o menor nível desde 2012. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada na última quarta-feira, 4 de dezembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa indica um cenário altamente desfavorável para o Maranhão, que tem duas das regiões com maior taxa de pobreza extrema do país.

De acordo com os dados apurados pelo IBGE, o Litoral e Baixada Ocidental maranhenses têm 63,8% da sua população vivendo em condições de miséria. O percentual retrata um nível elevadíssimo de desigualdade social. Só a área do Vale do Rio Purus, no estado do Amazonas, tem situação pior. Nessa região, 66,6% dos habitantes sobrevivem em situação de pobreza extrema.

Em termos numéricos, a população em situação de pobreza no Brasil caiu de 67,7 milhões para 59 milhões. Em apenas um ano, 8,7 milhões de pessoas saíram da pobreza entre 2022 e 2023. No mesmo período, a proporção da população vivendo abaixo da linha de pobreza extrema caiu de 5,9% para 4,4%, também a menor desde 2012 — e, pela primeira vez, abaixo de 5%. Em números absolutos, isso representa uma redução de 12,6 milhões para 9,5 milhões. Em um ano, 3,1 milhões de pessoas foram retiradas da pobreza extrema.

Definição

A análise do IBGE utiliza as linhas de Paridade do Poder de Compra do Banco Mundial, que monitoram o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 1 (Erradicação da Pobreza). O Banco Mundial define pobreza como uma renda per capita de R$ 665 por mês dentro de um domicílio, e pobreza extrema como R$ 209 por mês.

Contraponto

Como contraponto aos indicadores negativos atribuídos ao Maranhão pelo IBGE, o secretário de Estado do Desenvolvimento Social, Paulo Casé Fernandes, anunciou, nas redes sociais, o resultado de uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) que aponta queda de 10,5 pontos percentuais da taxa de extrema pobreza no estado.

Segundo informou Paulo Casé, com base no levantamento da FGV, 919,9 mil maranhenses saíram da pobreza, o que, para ele, é reflexo do trabalho diário do governador Carlos Brandão e de toda a equipe de governo.

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