UFMA instaura sindicância para investigar performance obscena e revisa normas para realização de eventos na instituição

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A performance da pesquisadora trans, com exibição das partes íntimas, prejudicou a imagem da UFMA, conforme alegou a instituição em nota

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) informou, por meio de nota emitida nesta segunda-feira (21), data do aniversário de 58 da instituição de ensino superior, que instaurou sindicância investigativa para apurar com rigor os fatos registrados no Centro de Ciências Humanas (CCH), na Cidade Universitária (Campus do Bacanga), onde uma historiadora, pesquisadora e cantora baiana trans apresentou uma performance de caráter obsceno, com exibição das partes íntimas.

O ocorrido gerou ampla repercussão local e nacional e, em razão dos prejuízos sociais e de imagem, a UFMA oficiu à Advocacia Geral da União (AGU)/Procuradoria Federal junto à instituição, para que adote os procedimentos judiciais cabíveis. A universidade também atualizou as normas para realização de eventos no ambiente acadêmico e suspendeu todos os eventos do programa e grupo de pesquisa envolvidos até que a apuração seja concluída.

A UFMA esclareceu que não foram utilizados recursos financeiros da instituição de ensino superior para a realização do evento polêmico, que foi custeada pelo Programa de Apoio a Eventos no País (PAEP)/CAPES:

Segue o comunicado da UFMA:

NOTA INFORMATIVA

  1. A Universidade Federal do Maranhão informa que instaurou Sindicância Investigativa, nos termos da Portaria GR nº 1208/2024 de 19.10.2024, para apuração rigorosa dos fatos ocorridos em evento no Centro de Ciências Humanas e amplamente repercutido.
  2. Informa, ainda, que oficiou (Ofício 95/2024) à AGU/Procuradoria Federal junto à UFMA, órgão responsável pela assessoria e consultoria jurídica da instituição, por meio de processo SEI 23115.0033332/2024-64, para que adote os procedimentos judiciais cabíveis para resguardar os interesses institucionais, dados os prejuízos sociais e de imagem causados à universidade.
  3. Como medida, também foram atualizados os procedimentos para realização de eventos na instituição, por meio da Resolução n° 331-CONSAD e a suspensão dos eventos do Programa e Grupo de pesquisa envolvidos, até que a sindicância seja finalizada.

Clique aqui e assista ao vídeo.

Por oportuno, a universidade comunica, também, que não foram utilizados recursos da instituição para a realização do evento, haja vista o financiamento ter sido realizado pelo Programa de Apoio a Eventos no País (PAEP)/CAPES.

A UFMA, ao longo de mais de cinco décadas, tem se destacado no cenário nacional e internacional. Atualmente, responde pela maior produção científica do Maranhão; é a décima terceira universidade do país no depósito de patentes e lidera o ranking do estado em vários indicadores da Educação, incluindo graduação e pós-graduação; bem como está presente em rankings internacionais com classificação de destaque.

Por isso, a universidade entende que um ato isolado não pode apagar toda esta contribuição da UFMA para o desenvolvimento científico e tecnológico do país e reitera que repudia, veementemente, quaisquer ações que possam desrespeitar os valores e princípios basilares da instituição.

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