Reino Unido fecha última usina de carvão e adota o gás como alternativa em seu processo de transição

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Meta da nação é descarbonizar o fornecimento de energia elétrica até 2030

Com o fechamento da última usina a carvão do Reino Unido em Ratcliffe-on-Soar, esse combustível fóssil sai de cena e entra para história, no país que foi berço da Revolução Industrial

Considerado o berço da Revolução Industrial, o Reino Unido deu um grande passo rumo à limpeza em sua matriz energética, que durante décadas teve o carvão como grande estrela, mas atualmente, considerado o combustível fóssil mais poluente, por emitir a maior quantidade de gases de efeito estufa quando queimado. Vale lembrar que o carvão já respondeu por praticamente toda a eletricidade do Reino Unido, abastecendo residências e empresas. No início de 1990, o gás natural começou a ter relevância na matriz energética do país, mas o carvão ainda desempenhava um papel de destaque na matriz energética do país.

A cidade de Nottingham, no Reino Unido, tornou-se um exemplo simbólico na transição energética ao fechar a última usina a carvão em operação no país, localizada em Ratcliffe-on-Soar, no último dia 30 de setembro de 2024. Esse fechamento representa um marco importante na trajetória do Reino Unido rumo à descarbonização, destacando o compromisso de abandonar fontes de energia mais poluentes em favor de alternativas mais sustentáveis, como a energia eólica, solar e o gás natural.

A usina de Ratcliffe-on-Soar, que entrou em operação em 1967, foi uma das últimas instalações a carvão no Reino Unido e desempenhou um papel crucial no fornecimento de energia durante décadas. No entanto, com a crescente pressão para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e atingir metas de neutralidade de carbono até 2050, a operação dessa unidade se tornou cada vez mais inviável economicamente e ambientalmente.
O fechamento da usina de Ratcliffe marca o fim de uma era para Nottingham e para o Reino Unido, que agora concentra seus esforços em fontes de energia renováveis e na modernização de sua infraestrutura elétrica. A cidade de Nottingham, que já vem se destacando por suas políticas de sustentabilidade, aproveita este momento para impulsionar projetos de eficiência energética e a adoção de tecnologias limpas, contribuindo para a transformação do setor energético no país.

A substituição do carvão pelo gás natural, junto com o rápido crescimento das energias renováveis, tem sido uma estratégia central no Reino Unido para garantir a segurança energética enquanto reduz as emissões de carbono.

O gás natural, embora ainda um combustível fóssil, é considerado uma alternativa de transição, pois emite menos CO₂ em comparação ao carvão e pode ser integrado rapidamente à infraestrutura já existente.

O exemplo de Nottingham e o fechamento da usina de Ratcliffe-on-Soar são sinais claros de uma mudança global em direção a um sistema energético mais limpo e eficiente. Eles reforçam a importância de políticas públicas focadas na descarbonização e mostram como a substituição de combustíveis fósseis por fontes mais limpas pode ser uma estratégia viável para outros países que buscam reduzir suas emissões e alcançar metas climáticas ambiciosas.
Outros países também seguem essa jornada em prol da limpeza em suas matrizes energéticas. A Itália planeja para de usar termelétricas a carvão em 2025; a França em 2027; o Canadá em 2030; a Alemanha em 2038.

No Maranhão, já há estudos sobre o uso do gás natural em diversos empreendimentos que querem adotar matrizes energéticas menos poluentes; o que além de mais ecológico é também estratágia de negócio para se manter competitivo no mundo atual.

Fonte: Ipea

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