Paulo Marinho Jr. leva nota zero no Ranking dos Políticos por fugir de votação de projeto de lei que pune atos de improbidade administrativa

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Filho do ex-prefeito Paulo Marinho rebaixou sua nota ao se recusar a votar, no plenário da Câmara Federal, pela aprovação da proposta, quesito de maior peso para a classificação

Paulo Marinho Jr. com o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, principal apoiador da sua campanha

O suplente de deputado federal e candidato de oposição a prefeito de Caxias, Paulo Marinho Junior (PL), obteve nota zero no Ranking dos Políticos por ter-se esquivado da votação do Projeto de Lei nº1269/2022, que prevê punições para atos de improbidade administrativa. Ao fugir da sua responsabilidade como parlamentar, o filho do ex-prefeito Paulo Marinho deixou clara a sua falta de compromisso com a moralidade na gestão pública.

O projeto de lei que estabelece sanções a atos de improbidade administrativa foi aprovado por imensa maioria do plenário (343 sim, 11 não e 158 abstenções). A proposta teve o maior peso entre os quesitos avaliados para a composição do Ranking dos Políticos. Por ter-se negado a votar pela aprovação – posição recomendada pela própria ferramenta e por todos os partidos -, Paulo Marinho Jr. deixou de somar 15 pontos e rebaixou ainda mais a sua nota na classificação, que há 11 anos monitora o desempenho dos 513 deputados federais e dos 81 senadores conforme o posicionamento de cada um em relação aos projetos de extremo interesse para o país em tramitação em Brasília.

A propósito, das 100 impressões sobre a sua atuação como deputado federal na avaliação popular, na mais recente edição do Ranking dos Políticos, Paulo Marinho Jr. obteve apenas 1% de nota 5 (nota máxima), 0% de nota 4 e 99% no somatório das três piores notas (3, 2 e 1).

Relações intimas

A decisão de Paulo Marinho Jr. de não participar da votação do projeto de lei que pune atos de improbidade administrativa parece estranha, em um primeiro momento. Mas, levando em conta as suas relações políticas e até familiares, a fuga faz todo sentido. Isso porque o patrono da sua candidatura a prefeito de Caxias, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, que obteve nota negativa no mesmo Ranking dos Políticos, no quesito Ficha Limpa, já foi alvo de Operação da Polícia Federal por suspeita da prática dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, com indícios de desvio de R$ 1,8 milhão por meio de um esquema que utilizava empresas fantasmas para fraudar obras de pavimentação em estradas do município de Zé Doca, cuja prefeita é irmã do parlamentar.

Paulo Marinho Jr. não participou da votação em plenário, conforme registrou a ferramenta Ranking dos Políticos

Maranhãozinho entrou na mira de outra investigação da PF, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por ter sido flagrado mexendo em uma caixa com dinheiro e entregando uma quantia a um homem desconhecido, fato que o tornou conhecido nacionalmente. Segundo a PF, o dinheiro seria fruto de corrupção. Essa investigação apurou supostos desvios de emendas parlamentares destinadas à saúde no Maranhão.

Já o pai do candidato oposicionista, Paulo Marinho, banido da sua campanha, passou grande parte da carreira na vida pública inelegível e com os direitos políticos cassados por ter sofrido diversas conden

Penalidades previstas pela Lei da Improbidade Administrativa

Perda dos bens ou valores adquiridos ilicitamente, suspensão dos direitos políticos por até 14 anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do enriquecimento ilícito, proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, por até 14 anos

Ranking dos Políticos

O Ranking dos Políticos é uma iniciativa da sociedade civil que avalia o desempenho de senadores e deputados federais com base em critérios como combate a privilégios, desperdícios e corrupção. O objetivo é promover a eficiência do Estado brasileiro e garantir transparência na gestão pública, visando políticas públicas relacionadas à liberdade econômica, desburocratização e tratamento isonômico entre os agentes econômicos, como deve ser em um Estado de Direito.

O ranking não privilegia partidos ou pessoas específicas. O processo de avaliação é estritamente baseado em critérios objetivos, garantindo equidade na análise. O projeto foi criado em 2011 e é financiado por pessoas comuns, assegurando independência financeira e transparência nas operações.

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