O cenário epidemiológico da dengue foi atualizado esta semana pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde. Segundo análise apresentada, vinte estados brasileiros apresentam tendência de estabilidade ou queda na incidência da doença. Das 27 unidades da federação, sete registram indicativo de aumento do número de casos da doença, dentre elas o Maranhão.
Amapá, Ceará, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul e Tocantins sinalizam estabilidade. Outros sete estados apresentam tendência de queda: Acre, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Piauí e Roraima, além do Distrito Federal. As unidades federativas com tendência de aumento são Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Os dados atualizados da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde, o Maranhão já registrou 6.252 casos provados de dengue este ano, com coeficiente de incidência de 92,3 por 100 mil habitantes.
Óbitos
Até o momento, o estado contabiliza 4 mortes em decorrência da doença. A taxa de letalidade em casos prováveis é de 0,06 e em casos graves é de 4,55.
Quanto a incidência por sexo, a prevalência é verificada entre as mulheres, que registram 53,9% do total de casos prováveis, enquanto os homens representam 46,1% de todas as infecções por dengue no estado.
Em relação à raça, as pessoas de cor parda são, disparadas, as mais infectadas, representando 80,2% de todos os casos prováveis. Na sequência, vêm brancos (11,7%), pretos (5,7%), amarelos (2,1%) e indígenas (0,4%). A faixa etária mais acometida pela dengue no Maranhão é a dos 20 a 29 anos, com 1.261 casos, 531no sexo masculino e 730 no sexo feminino. Depois, vem a faixa etária dos 30 a 39 anos, com 831 casos, com 1.081 caos, 427 entre homens e 591 entre mulheres.
De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, embora o cenário sinalize arrefecimento da doença na maior parte do país, é necessário ainda cautela antes de determinar que o pico dos casos de dengue no país já passou. “Este é um momento que ainda requer atenção. E precisamos que as pessoas continuem dedicando 10 minutos contra a dengue buscando possíveis focos do mosquito. Também temos a necessidade de que, naqueles municípios onde as vacinas estão disponíveis, que os responsáveis levem as crianças para se proteger”, disse.
Vacinas
O diretor do Departamento do Programa de Imunizações (DPNI), Eder Gatti, destacou que a terceira remessa de vacinas já está sendo utilizada para repor as doses remanejadas entre os municípios. A iniciativa busca otimizar a aplicação.
“Nosso objetivo é garantir a vacinação dos municípios que consumiram todas as doses. Além disso, com a ampliação da imunização, também conseguimos incluir mais Regiões de Saúde na aplicação”.