“Estamos sendo injustiçados e perseguidos”, afirmou o deputado Fernando Braide (PSD) em seu discurso desta quinta-feira (4) sobre o julgamento do Partido Social Cristão (PSC) por suposta fraude a cota de gênero. Eleito pela sigla, o parlamentar acredita haver um conluio do Governo do Estado agindo contra o processo.
“Eu e o deputado Wellington estamos sofrendo perseguição por um conluio da parte acusadora que, se formos ver, é formada por um secretário de estado do partido do governador; o marido de uma senadora da república aliada ao governador e apoiadora de um pré-candidato à prefeitura de São Luís que que também é o candidato do governador, além de que essa mesma senadora tem dois irmãos no governo”, apontou Fernando Braide.
Na visão do parlamentar, as investidas pela cassação de seu mandato – consequência da condenação do partido – é uma forma de punição do Governo do Estado pelos posicionamentos contrários em votações na Assembleia Legislativa em projetos como aumento de ICMS e pedidos de empréstimo e não ter votado no sobrinho do governador para vaga do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Iniciado em março, o julgamento da ação, movida por candidatos não eleitos, recebeu parecer contrário à anulação dos votos da chapa do PSC pelo procurador regional eleitoral no Maranhão, José Raimundo Leite Filho. O relator do caso, corregedor do TRE-MA, José Gonçalo, também votou a favor do PSC, enquanto outros quatro julgadores votaram pela cassação dos parlamentares Fernando Braide e Wellington do Curso (NOVO). O julgamento, suspenso após pedido de vistas do juiz eleitoral Tarcísio Araújo, está marcado para ser retomado no dia 9 de abril.
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