Vereador Marlon Botão: “Prefeitura deve garantir vagas para que crianças estudem perto de suas casas”

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Marlon Botão disse que sua cobrança foi motivada pelo aumento considerável de pais e mães que o procuram relatando dificuldades para conseguir vagas para os seus filhos em escolas dentro de suas comunidades

O vereador Marlon Botão (PSB) cobrou, nesta semana, ações da Prefeitura de São Luís para garantir que os estudantes da rede municipal de ensino sejam matriculados em escolas localizadas perto de suas casas.
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De acordo com o parlamentar, a cobrança foi motivada pelo aumento considerável de pais e mães que o procuram relatando dificuldades para conseguir vagas para os seus filhos em escolas dentro de suas comunidades.
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“Quase todo dia eu recebo um novo apelo de um pai ou de uma mãe desesperada porque não conseguiu uma vaga para o seu filho e que tem medo de que ele não tenha oportunidade de estudar. Antes de ser vereador, eu também sou pai, e essa situação mexe muito comigo. Porque eu sei que também ficaria sem chão se o meu filho não tivesse o direito de estudar, se eu chegasse na escola do meu bairro e simplesmente me dissessem que ali não tinha uma vaga para o meu filho, e que eu que me virasse para encontrar alguma outra escola”, disse.
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“A gente não pode aceitar essa situação que existe hoje nas comunidades de São Luís. Educação é um direito básico, fundamental, de todos nós. É triste, é revoltante, que pais e mães da nossa capital, especialmente em regiões mais empobrecidas e populosas como a área Itaqui-Bacanga e a Zona Rural, estejam passando por esse sofrimento, por essa humilhação, de terem que ficar numa romaria, de bairro em bairro, para ver se alguma escola tem uma vaga para os seus filhos. A gente precisa resolver essa questão com urgência, para garantir que essas crianças tenham educação e possam vencer esse ciclo de pobreza causado por essa desigualdade social que infelizmente ainda é muito forte em São Luís”.
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Reforma educacional
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Para Marlon Botão, o sistema de educação de São Luís precisa passar por uma grande reforma, priorizando as comunidades que mais precisam.
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“A verdade é que o sistema de ensino da nossa capital precisa passar por uma grande reforma, priorizando as comunidades que mais precisam. São Luís cresceu muito na última década, a nossa população cresceu, mas o número de escolas dentro dos bairros não acompanhou esse crescimento – e isso causou esse problema seríssimo que a gente tem hoje, de pais que não encontram vagas para matricular seus filhos nas escolas mais próximas de casa”, disse.
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“E essa falta de vagas causa um problema muito grande porque, muitas vezes, acaba tirando as nossas crianças da escola, porque os pais não têm condições de pagar um transporte para outros bairros, ou às vezes trabalham o dia inteiro e não têm como levar e buscar o filho numa escola tão longe de casa. Esse é um problema que, como eu disse, tem se agravado e que, se não for enfrentado, pode ter consequências irreversíveis na vida de milhares de crianças da nossa cidade”.
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Mais afetados
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Marlon Botão afirmou que a falta generalizada de vagas afeta, principalmente, as famílias mais pobres, especialmente as que residem na área Itaqui-Bacanga e na Zona Rural de São Luís.
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“Quem mora na região mais central da cidade, mesmo com dificuldades, ainda tem a chance de encontrar uma solução, uma vaga mais próxima. Mas, em regiões mais distantes, como a área Itaqui-Bacanga e a Zona Rural, onde grande parte da população é mais pobre, a situação é muito grave, porque simplesmente não existem mais vagas perto. São famílias que, por uma negligência histórica do poder público, já não têm acesso a quase nada, e que agora não têm nem sequer vagas em escolas para que seus filhos possam estudar e ter a chance de construir um futuro melhor”, frisou.
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“Quem mora no Maracanã tem que estudar no Maracanã, quem mora na Vila Embratel tem que estudar na Vila Embratel. Não dá para a prefeitura simplesmente dizer para esses pais e essas mães que acabaram as vagas. Se acabaram as vagas nas escolas antigas, que se construam novas escolas então dentro desses bairros mais populosos para garantir que as crianças tenham onde estudar e possam ser alguém na vida. Educação é um direito básico. E o poder público falha com essas famílias, com a nossa população como um todo, quando se omite e não busca uma solução rápida para esse problema, que é gravíssimo”.
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Mais escolas
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Para Marlon Botão, a prefeitura deve realizar um trabalho de curto, médio e longo prazo, para assegurar – mais na frente – uma solução definitiva, sem deixar de dar uma resposta imediata para o problema atual.
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“A solução definitiva é muito clara: a prefeitura tem que construir mais escolas dentro dos bairros, especialmente na área Itaqui-Bacanga e Zona Rural, que são duas regiões muito populosas, de famílias carentes e que – naturalmente – precisam de maior atenção do poder público. Mas essa é uma solução de médio e longo prazo. Enquanto isso não é feito, nós precisamos encontrar formas de garantir que as crianças não fiquem sem vaga”, opinou.
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“A prefeitura tem que fazer um levantamento dentro das unidades de ensino para entender se existe a possibilidade de remanejar crianças para localidades mais próximas de suas casas, se há a possibilidade de abertura de vagas em turnos diferentes. A prefeitura deve procurar parcerias público-privadas, investimentos do governo federal e até de organizações internacionais de incentivo à educação para que as nossas crianças não fiquem desamparadas. Todo o nosso esforço deve ser no sentido de assegurar que nenhuma criança fique sem vaga. Essa é a nossa responsabilidade”.
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Censo da educação
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O parlamentar disse, ainda, que a prefeitura de São Luís precisa realizar um censo da educação do município para identificar concretamente a realidade de todas as regiões.
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“São Luís precisa construir mais escolas, mas isso não pode ser feito de qualquer forma, porque a gente corre o risco de construir escolas onde a demanda não é tão grande, deixando desassistidas outras comunidades mais carentes. É por isso que eu defendo que a prefeitura deve realizar um censo da educação do município”, pontuou.
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“Assim, a gente vai poder identificar concretamente a realidade de todas as regiões e determinar quais bairros estão em situação mais crítica. Como representante da Zona Rural e da área Itaqui-Bacanga, eu sei que essas regiões têm necessidades mais urgentes, e me ponho à disposição para ajudar a prefeitura no que for preciso nesse levantamento de informações e em qualquer outra ação necessária para que a gente possa garantir que todas as crianças da capital, especialmente as mais pobres, tenham oportunidade de estudar e de quebrar esse ciclo de pobreza, de desigualdade social. Essa é a minha missão”.
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Educação de tempo integral
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Marlon Botão também destacou que, depois de resolvida a questão emergencial da falta generalizada de vagas nas escolas, São Luís precisa garantir investimentos na educação de tempo integral.
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“A melhor forma de combatermos as desigualdades sociais, os problemas históricos da nossa cidade, é com investimento em educação, com escolas de educação em tempo integral”, opinou.
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“Precisamos trabalhar para que a cidade de São Luís, nos próximos anos, consolide e amplie a rede de educação em tempo integral. Falo isso porque conheço de perto a realidade dos nossos bairros, porque há três anos, com a nossa Blitz da Educação, fiscalizo as nossas escolas, identificando os problemas que precisam ser enfrentados, trabalhando pela integração das famílias para garantir a permanência das crianças e jovens nas escolas”.
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De acordo com o parlamentar, a escola tem papel fundamental na vida de milhares de jovens e crianças que, em muitos casos, se encontram em situação de vulnerabilidade social.
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“Então, resolvido esse problema emergencial de falta quase que total de vagas em escolas dentro das comunidades mais populosas de São Luís, especialmente as mais afastadas, a gente precisa começar a investir no fortalecimento nosso sistema educacional. Nesse sentido, eu vejo que o caminho é investir na educação em tempo integral. Porque a estrutura escolar de educação em tempo integral permite, além da formação dos jovens e crianças, o acesso à cultura, ao esporte e lazer. Direitos que, como sabemos, a maioria absoluta dessas crianças não têm assegurados nos bairros em que vivem. Fortalecer a rede educacional também significa cuidar das vidas das nossas crianças, dos nossos jovens”.
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Ainda segundo o vereador, a implementação de escolas em tempo integral também terá papel estratégico para colocar os alunos da rede pública em pé de igualdade aos alunos da rede privada.
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“O que queremos é que todos os alunos, os que vivem numa condição social de maior vulnerabilidade, tenham uma estrutura escolar e de ensino de qualidade, que também sejam preparados desde a base para que, futuramente, tenham condições de concorrer em pé de igualdade às vagas na universidade e no mercado de trabalho”, pontuou.
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“É assim que a gente vai construir uma São Luís mais justa, mais humana, com oportunidades para todos. Não tem como a gente dormir tranquilo sabendo que, neste exato momento, em pleno século 21, milhares de crianças pobres da nossa capital não têm vaga para estudar. Não podemos fechar os olhos e nem cruzar os braços. A solução para esse problema só virá com muito trabalho. E é isso que nós faremos”, finalizou o vereador.

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