O tripulante foi encaminhado a um hospital em São Luís
O Navio-Patrulha (NPa) “Bocaina”, da Marinha do Brasil (MB), resgatou um tripulante da embarcação de pesca “Franchesco JC”, no dia 6 de fevereiro. A ação ocorreu a cerca de 650 quilômetros de São Luís (MA), onde o pescador encontrava-se com suspeita de ter sofrido um Ataque Isquêmico Transitório.
Acionado pelo Serviço de Busca e Salvamento Marítimo (Salvamar Norte), no dia 4 de fevereiro, o NPa “Bocaina” deixou o porto de Ponta da Espera (MA), naquele mesmo dia, e foi de encontro à embarcação que solicitou o socorro. O tripulante foi removido pela embarcação orgânica do Navio e, ao chegar a bordo, teve o primeiro atendimento realizado por um médico da Marinha.
Após o resgate em alto-mar, o Navio regressou para a capital maranhense, onde havia uma ambulância aguardando para realizar o transporte do pescador ao hospital, a fim de prosseguir com o atendimento médico necessário.
“Como parte da estrutura de Busca e Salvamento mantida pela Marinha do Brasil, o Navio foi acionado para realizar a evacuação do pescador, que necessitava de atendimento médico de urgência. Após transferir o paciente do barco de pesca para a enfermaria do Navio, o Oficial Médico e sua equipe realizaram o primeiro atendimento, com a finalidade de avaliar o quadro e tomar medidas para estabilizá-lo o mais rápido possível. Prestamos o socorro de forma célere, conforme as normas em vigor, finalizando essa ação salvando uma vida”, disse o Comandante do Navio-Patrulha “Bocaina”, Capitão de Corveta Felipe Paranhos Carvalho.
NP “Bocaína”
O Navio-Patrulha “Bocaina” é o segundo navio a ostentar esse nome na MB. A denominação alude à serra, ao rio e à vila, de mesmo nome, no litoral de São Paulo. Foi incorporado à Marinha em 10 de julho de 1998, na Base Naval de Portsmouth, Inglaterra. O Navio tem 47,6 metros de comprimento, 10,5 m de boca e 3,1 m de calado. Ele está subordinado ao Comando do 4º Distrito Naval e integra o Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Norte, tendo como área de atuação o litoral dos estados do Pará, Maranhão, Amapá e também os rios da Amazônia, operando a partir de Belém (PA).
Sobre o Serviço de Busca e Salvamento da Marinha
Em operações de resgate como a realizada, o fator de maior importância é o tempo de sobrevivência das vítimas, uma vez que o objetivo primordial das missões é preservar as vidas humanas. Enquanto houver perspectiva de salvar vidas, o trabalho é desempenhado incessantemente. Dessa forma, para garantir que o socorro aconteça de maneira ágil, a Marinha do Brasil opera o Serviço de Busca e Salvamento Marítimo do Brasil, conhecido como SALVAMAR-Brasil, numa área de responsabilidade SAR de aproximadamente 14,5 milhões de km², abrangendo toda a costa brasileira, a “Amazônia Azul”, além das águas interiores. Tendo em vista as dimensões da Região de Busca e Salvamento (SRR), a MB dividiu as áreas de cobertura em 9 sub-regiões, sob responsabilidade dos Distritos Navais com seus respectivos Centros de Coordenação SAR regionais. Além disso, mantém navios e aeronaves de pronto emprego, militares treinados para as situações de resgate e uma complexa estrutura de coleta e compartilhamento de informações, o que possibilita a localização das vítimas e das embarcações mais próximas em condições de prestar apoio.
Quando possível, a própria embarcação em situação de perigo ou qualquer pessoa que tenha testemunhado um incidente em potencial pode entrar em contato com a Marinha, através do telefone 185. O serviço de atendimento está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana e abrange todo o território nacional. Além do telefone, o contato pode ser estabelecido por meio de fax, e-mail ou utilizando os sistemas presentes nas embarcações, conhecidos como Sistema Global de Socorro e Segurança Marítimo (GMDSS).
Outra maneira de reforçar a segurança, durante as navegações, é a utilização do aplicativo NAVSEG. Por meio desse recurso, é possível informar o plano de viagem, permitindo que a Autoridade Marítima monitore integralmente o trajeto da embarcação. O aplicativo opera através do envio regular de dados, atualizando a posição da embarcação a cada 15 minutos aos centros de monitoramento da Marinha, gerenciados pelas Capitanias dos Portos, Delegacias e Agências. Dessa forma, o NAVSEG possibilita a localização mais rápida e precisa de qualquer embarcação em situação de perigo, assegurando, dessa forma, melhores condições para a salvaguarda da vida humana no mar ou em águas interiores.
Clique aqui e assista ao vídeo e veja imagens do resgate do pescador enfermo.