Em sua segunda e última passagem pela Secretaria de Estado da Cultura (Secma), que durou menos de quatro meses, o ex-titular da pasta e atual presidente da Câmara Municipal de São Luís, Paulo Victor, centrou foco no ordenamento de despesas, concentrando o poder da canetada em si próprio e em um seleto grupo de gestores que tratava como aliados. Menos de dois meses após adotar medida administrativa nesse sentido, ele deixou a pasta.

A preocupação de Paulo Victor em controlar o cofre da Secma era tamanha que ele chegou a baixar portaria por meio da qual restringiu a movimentação de recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cultura Maranhense (FUNDEMA) junto ao Banco do Brasil ao seu gabinete e a outros dois nomes fortes da pasta, o então subsecretário, Yuri Arruda, alçado ao cargo de secretário após a sua exoneração, no final de abril, e ao supervisor financeiro, Sebastião Marques Castro.

A portaria de Paulo Victor, que autorizou a movimentação das verbas do FUNDEMA apenas de forma conjunta por pelo menos dois dos três nomes indicados, também atribuiu tão somente a ele, ao então subsecretário e ao supervisor financeiro as seguintes atividades: solicitar abertura e/ou encerramento de contas de depósito/poupança; solicitar saldos, extratos e comprovantes de contas correntes, poupança e investimentos; efetuar transferências, pagamentos, exceto com a utilização de assinatura eletrônica; efetuar resgates/aplicações financeiras; cadastrar, alterar e desbloquear senhas de contas para o sistema do Banco do Brasil; autorizar pagamento através de Ordem Bancária e liberar arquivo de pagamento no gerenciador financeiro/AASP.

A gestão financeira parece ser a obsessão de Paulo Victor enquanto agente público e político. Espera-se que o seu desempenho nessa área esteja de acordo com os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, que devem nortear a administração pública.

Confira a cópia da portaria assinada por Paulo Victor para exercer total controle de despesas na Secma: