Duas atletas mirins da área Itaqui-Bacanga, apoiadas pelo vereador Marlon Botão (PSB), vêm ganhando destaque nacional em competições de jiu-jitsu, conquistando medalhas de ouro em alguns dos principais torneios do país.
Lorenna Araújo, de 5 anos, é moradora do residencial Luís Bacelar, no Gapara. Em março, ela foi matriculada numa academia de jiu-jitsu da Vila Embratel, porque a mãe, Cleonice de Jesus, queria que a filha aprendesse a se defender desde cedo. Hoje, menos de sete meses depois, Lorenna lidera o ranking nacional da categoria de 4 a 7 anos – tendo conquistado recentemente o ouro no campeonato Brasil Cup de Jiu-Jitsu, realizado em Belém (PA).
Eloá, de 12 anos, também teve um desempenho meteórico no esporte. Moradora da Vila Maranhão, ela começou a treinar jiu-jitsu há mais ou menos 10 meses, numa academia do bairro. “Ela estava ficando muito tempo ociosa depois da escola, então eu achei que seria uma boa ideia matricular ela na academia de jiu-jitsu. Com um mês de academia ela já foi inscrita numa competição e ganhou a primeira medalha”, explica a mãe, Luna.
Origem humilde
Além do amor pelo jiu-jitsu, as duas crianças compartilham uma origem humilde, com uma realidade marcada pela pobreza, pela falta de acesso a políticas públicas e pelas dificuldades diárias que precisam enfrentar para continuarem se dedicando ao esporte.
Para o vereador Marlon Botão, as histórias de superação de Lorena e Eloá são a prova da importância do incentivo ao esporte na capital maranhense, especialmente em localidades marcadas pela desigualdade social, como a área Itaqui-Bacanga.
“A Lorenna mora com os pais e os dois irmãos no Residencial Luís Bacelar, uma das comunidades mais carentes de São Luís, que nós lutamos diariamente para ajudar, mas onde ainda quase não existe acesso a políticas públicas básicas, onde o abastecimento de água é precário e o transporte público é praticamente inexistente. E, mesmo nessa realidade tão difícil, ela conseguiu se destacar através do esporte, chegando ao pódio em todas as competições que participou, com onze medalhas de ouro e quatro de prata”, disse o vereador.
“A realidade da Eloá é ainda mais difícil. Ela vive com os pais e quatro irmãos numa casa humilde na Vila Maranhão, outra comunidade marcada pela pobreza e pela falta de oportunidades, realidade que trabalhamos para reverter, e muitas vezes não tem sequer o dinheiro da passagem para ir treinar, ou até mesmo o que comer, porque os pais enfrentam muitas dificuldades. Apesar disso, a Eloá, que tem só 12 anos, não perdeu a garra e o foco, continuou treinando e hoje também é um destaque nacional, acumulando diversas medalhas de ouro. Imagine, agora, quantas outras Lorennas e Eloás nós não poderíamos revelar no Maranhão se tivéssemos mais programas de incentivo ao esporte?”.
De acordo com o parlamentar, o acesso ao esporte tem o potencial de mudar vidas. “Ao longo do meu mandato, sempre busquei incentivar projetos sociais voltados para a cultura e o esporte dentro das comunidades de São Luís, especialmente as mais pobres, como a Zona Rural e a área Itaqui-Bacanga, porque eu sei como eles podem impactar positivamente e mudar para melhor a realidade de muitas famílias”, disse.
“O nosso mandato apoia diversas escolinhas de futebol, de basquete, turmas de dança, de zumba, clubes de leitura; quando conheci a Lorenna e a Eloá eu sabia que precisava ajudar de alguma forma. E desde então temos feito de tudo para garantir que as duas possam continuar treinando e competindo. E o resultado, por causa da perseverança delas, está aí: as duas crianças estão se destacando nacionalmente. O esporte muda vidas, e nós, enquanto representantes do povo, temos o dever de criar mecanismos para fomentar o acesso ao esporte nas comunidades de São Luís”.
Políticas públicas
Marlon Botão lembrou que é autor do projeto de lei (nº 188/2023), que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que cria diretrizes para a implantação da política municipal de incentivo ao futebol feminino, promovendo torneios, campeonatos e eventos voltados para o desenvolvimento do futebol feminino na capital maranhense.
“Além desse apoio mais direto que damos, por meio do nosso mandato, e diretamente às famílias, eu acredito que é essencial que a cidade tenha políticas públicas de fomento ao esporte, como o meu projeto de lei que cria a política municipal de incentivo ao futebol feminino, para ainda mais famílias sejam beneficiadas, só assim vamos conseguir promover um desenvolvimento real da nossa gente”, disse.
As mães das atletas Lorenna e Eloá concordam com a avaliação do vereador Marlon Botão. Perguntadas o que fariam se tivessem a oportunidade de serem vereadoras, prefeitas ou governadoras, as duas foram taxativas: criariam políticas públicas de incentivo ao esporte.
“O principal é dar esse suporte às famílias, para que as crianças, especialmente as mais carentes, possam treinar, que possam se alimentar bem para estarem preparadas para as competições. O nosso estado certamente está repleto de talentos como a minha filha, mas eles precisam ser cultivados, as nossas crianças precisam de oportunidades”, disse Luna.
“E nisso o estado tem papel fundamental. Por isso somos muito gratas ao vereador Marlon Botão, que sempre foi maravilhoso com as nossas famílias e deu todo o suporte que as nossas filhas precisavam. Ele com certeza faz parte dessa vitória e a gente espera que atitudes como as dele sejam cada vez mais comuns entre os políticos da nossa cidade. São Luís só tem a ganhar”.