O vereador e presidente da Câmara Municipal, Paulo Victor (PSDB), alimenta o sonho de ser prefeito de São Luís e, pelo que mostram as últimas pesquisas de intenção de votos, segue avançando e com chances de alcançar essa conquista. Mas, se depender da comunidade da Rua Mariana e arredores, no bairro Monte Castelo, onde o político cresceu, a resposta das urnas ao outrora vizinho será um sonoro não.

O repúdio da ex-vizinhança ao nome de Paulo Victor tem origem em um episódio triste e constrangedor protagonizado pelo vereador há cerca de dois anos na rua onde passou a infância, a adolescência e os primeiros anos da vida adulta, antes de alçar voo de encontro ao poder. Na época, o vereador foi acusado de mesquinho e desumano diante da morte de um cidadão da comunidade, que vivia fazendo bicos no Monte Castelo e foi morto a tiros por criminosos.

Sem recursos para o funeral, familiares da vítima apelaram ao político para que este viabilizasse um ônibus para transportar parentes, amigos e outras pessoas próximas até o cemitério para o sepultamento. A princípio, ele anunciou que providenciaria o veículo, mas, segundo informado ao blog, foi convencido pela sua família a negar o pedido, sob o argumento de que o homem morto se tratava de um fora da lei. E assim o fez.

Vaquinha

A negativa de Paulo Victor, que na época já se movimentava com desenvoltura entre os poderosos da política local, articulação que resultou na sua eleição a presidente da Câmara Municipal de São Luís, em abril de 2022, deixou a comunidade revoltada e muitos se disseram injustiçados, pois o apoiaram nos primeiros passos na vida pública. Restou aos familiares e vizinhos do falecido se unir e fazer uma vaquinha, na qual foram arrecadados R$ 700,00 (setecentos reais), quantia utilizada para fretar o ônibus que acompanhou o cortejo fúnebre.

Até hoje, os moradores da Rua Mariana e entorno relembram, com mágoa e repulsa, a frieza e o pouco caso de Paulo Victor diante de uma situação que abalou a sua comunidade de origem. O ódio de alguns é tamanho que não é exagero afirmar que o o vereador passou a ser demonizado em seu próprio reduto após o lamentável acontecimento.

O triste relato foi feito ao blog no último sábado, dia 16 de setembro, por um dos vizinhos que se dizem desapontados com Paulo Victor pelo que chamou de insensibilidade, descaso e ingratidão do político, que mesmo com a reputação manchada, mantém a ambição de comandar os destinos da capital, amparado em pesquisas duvidosas.