Sem alimentação durante o período de aulas, estudantes estão sendo liberados ao meio-dia para almoçar em casa
O Centro de Ensino de Tempo Integral Maria Mônica Vale, escola da rede pública estadual localizada no conjunto Vinhais, em São Luís, está funcionando apenas em meio turno por falta de alimentação para os alunos. O motivo é a falta de pagamento, há pelo menos três meses, de salários e outros direitos trabalhistas às copeiras pela empresa contratada em regime de terceirização pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) para prestar o serviço.
Além do longo atraso salarial, as copeiras responsáveis pelo preparo do almoço e dos lanches servidos na escola não estão recebendo vale-alimentação e vale-transporte, o que dificulta o deslocamento à unidade de ensino. Por isso, decidiram paralisar suas atividades, atendendo recomendação sindical, até que a empresa a qual estão vinculadas atualize os pagamentos.
Em vídeo gravado para informar alunos, pais e responsáveis sobre a situação, o gestor geral do Centro de Ensino de Tempo Integral Maria Mônica Vale, Ronilson Santos, lamentou a crise. “Infelizmente, mais uma vez, estamos vivenciando a paralisação dos nossos funcionários terceirizados, mais especificamente as nossas copeiras”, declarou, sem informar se a Seduc está efetuando regularmente os repasses financeiros à empresa contratada para que as obrigações trabalhistas sejam cumpridas.
Ronilson Santos comunicou que enquanto perdurar o problema, a rotina da escola de tempo integral será adaptada. Segundo o gestor, o centro de ensino terá seis horários diários e os alunos serão liberados ao meio-dia para almoçar em suas casas. “Não conseguimos atender integralmente os nossos estudantes enquanto persistir essa paralisação. Dessa forma, para que os alunos não fiquem totalmente prejudicados, e para que não tenhamos que voltar ao ensino remoto, experiência que vivenciamos como negativa durante a pandemia, iremos adequar os nossos horários”, anunciou.
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