Investigadores da Polícia Civil do Maranhão saíram às ruas da capital maranhense e Região Metropolitana, nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (11), com a missão de cumprir um mandado de busca e apreensão contra endereços ligados ao ex-procurador chefe da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), do período de 2018 e 2020, que é alvo de uma investigação que tramita na Superintendência de Prevenção e de Combate à Corrupção (SECCOR).
As investigações comprovaram a venda de vagas para quatro alunas provenientes de uma faculdade de medicina do Paraguai para a faculdade de Medicina do campus da Uema de Caxias. As investigações revelaram que cada aluna pagava uma quantia que variavam de R$ 10 mil a R$ 15 mil para que a vaga fosse garantida pelo ex-procurador.
De acordo com a delegada Katherine Chaves, chefe da SECCOR, em um dos casos, houve apenas a determinação da matrícula sem exigência de nenhuma documentação, a matrícula seria por ordem do ex- servidor da Uema.Quanto aos demais casos, foram apresentadas decisões judiciais falsas concncedendo as matrículas destas alunas no curso de medicina.
Ainda segundo a delegada, a investigação começou em desfavor de duas alunas, porém com o avanço dos trabalhos verificou-se que mais duas alunas também estavam em situação irregular. Diante disso, a polícia representou na Justiça pela suspensão imediata das quatro alunas do curso de medicina, bem como pela busca e apreensão na residência do ex-procurador investigado.
Durante as buscas em um endereço na capital, o ex-procurador não foi encontrado no local. Segundo informações dos vizinhos, o mesmo mudou-se há poucos dias e não souberam informar aonde poderia ser encontrado.
Dando continuidade às diligências, os policiais da SECCOR conseguiram lograr êxito em encontrar o ex-procurador no município de São José de Ribamar, local onde foi realizada a busca pessoal e aprendido o aparelho celular do mesmo.