Caso Marielle: Flávio Dino já classificou provas obtidas em delações premiadas como de “baixíssima qualidade”

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Flávio Dino caiu novamente em contradição ao exaltar delação premiada de ex-policial militar que apontou executor de Marielle Franco

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, voltou a cair em contradição ao buscar os holofotes da mídia, em tom espetaculoso, após a prisão, nessa segunda-feira (23), do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, acusado de envolvimento no assassinato da vereadora da cidade do Rio de Janeiro Marielle Franco, em 2018. Assumindo o monopólio do discurso após a operação da Polícia Federal que prendeu Maxwell Simões, Dino informou que o ex-policial militar Élcio Queiroz, outro réu pela morte de Marielle, confessou, em delação premiada, que Ronnie Lessa, também ex-PM, foi o autor dos disparos que tiraram a vida da vereadora carioca e revelou a participação do ex-bombeiro na execução.

Ao se pronunciar à imprensa sobre o mais novo desdobramento do caso Marielle, Flávio Dino parecia estar reproduzindo uma narrativa previamente ensaiada. Mas, ao exaltar a delação premiada negociada com Queiroz para que o mesmo apontasse o executor da vereadora, o ministro deu aos críticos mais uma oportunidade de constatar o quanto é controversa a sua postura, que parece oscilar ao sabor do vento, aliás, dos interesses políticos. Mais um prato cheio para a imprensa não alinhada a Lula e para os desafetos que o titular da Justiça e Segurança Pública coleciona dentro do próprio Governo Federal.

Pois bem, logo nas primeiras.apurações, foi possível resgatar uma postagem de Flávio Dino nas redes sociais em que ele desqualifica a delação premiada como meio de investigação criminal. A manifestação, feita em 24 de janeiro de 2018, no curso da Operação Lava Jato, que condenou à prisão, por corrupção, membros dos governos anteriores do PT, políticos de partidos aliados, empresários e o próprio Lula, foi a seguinte:

Mais um duro golpe na credibilidade do ministro, que deve obrigá-lo a baixar a guarda e mais uma vez se distanciar dos meios de comunicação, a exemplo do que ocorreu quando vieram à tona as duras críticas que fez às urnas eletrônicas, do qual se tornou ardoroso defensor durante o julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro à inelegibilidade por oito anos também por questionar a lisura do sistema de votação brasileiro.

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