
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirma aos quatro cantos que não tem pretensão de suceder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. Porém, seu desinteresse pela vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) para a qual é cogitado dá a entender que não é bem assim. E esse é apenas um dos indicativos de que o comuno-socialista pode estar blefando.
A julgar pelas inúmeras vezes em que Flávio Dino extrapolou as prerrogativas do cargo que ocupa atualmente, é possível que as declarações públicas que vem dando sobre suas pretensões políticas expressem exatamente o contrário do que ele pensa e planeja.
Sedento por poder, o comuno-socialista já teve que ser contido pelo próprio Lula, que se mostrou incomodado com a busca excessiva do subordinado por protagonismo. Em recente reunião ministerial, o recado do presidente, dado em rede nacional, foi claro: nenhum ministro pode atribuir para si feitos da pasta que comanda. A ordem do petista é que a divulgação de qualquer plano, projeto ou programa seja alinhada com a Casa Civil para que sejam apresentados ao povo como políticas de governo, não como uma realização individual.
O aparente desprezo de Flávio Dino pela vaga na mais alta corte judiciária do país pressupõe uma ambição ainda maior. E reforça a desconfiança de que o discurso de desapego sobre a sucessão de Lula não passa de blefe do ministro, famoso por assumir posições contraditórias ao longo da sua trajetória política.