Flávio Dino é um dos cinco dos 37 auxiliares do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com status de ministro que mais pediram reforço de segurança à Polícia Federal desde o primeiro dia do atual governo. Os dados foram levantados pelo site Poder360.
A presença de Dino entre os que mais solicitaram proteção reforçada à PF é, no mínimo, uma contradição. Duramente contrário às armas e disposto a retirar da população o direito a esse tipo de proteção, o ministro da Justiça e Segurança Pública não aplica a medida para si próprio. Particularidades do cargo à parte, o maranhense deveria, no mínimo, se sentir seguro com o aparato policial que já lhe é disponibilizado, um tanto robusto, por força e necessidade da função que ocupa.
De acordo com o levantamento, a PF já aceitou 135 solicitações de reforço de segurança feitas por ministros do governo federal entre 1º de janeiro e 30 de maio deste ano. Em comparação com o mesmo período de 2022, quando o Palácio do Planalto era comandado por Jair Bolsonaro (PL), os pedidos de guarda-costas aumentaram 87,5%.
8 de janeiro
A PF afirma que as solicitações tiveram alta após as invasões de 8 de janeiro, quando prédios públicos da capital federal foram vandalizados. Os dados foram obtidos pelo Poder360.
Além de Flávio Dino, os outros quatro ministros que mais pediram segurança até aqui foram: Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Anielle Franco (Igualdade Racial), Marina Silva (Meio Ambiente) e Silvio Almeida (Direitos Humanos).
O ministro José Múcio, da Defesa, foi o único integrante do primeiro escalão do Executivo que não requisitou proteção da PF. Atualmente, a segurança dele é feita por militares das Forças Armadas (FA).