A Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) embargou, semana passada, a reforma de uma creche mantida pela própria Prefeitura São Luís no bairro Tibiri, na zona rural da capital. O motivo do embargo foi a ausência de um projeto técnico da instalação da nova rede elétrica do prédio.
A equipe da Semosp detectou a ausência da planta da instalação elétrica da creche durante uma fiscalização de rotina. Ao vistoriador a obra, os fiscais requisitaram o projeto técnico e obtiveram a informação de que não havia o tal documento. Questionado sobre a pendência, o eletricista responsável pelo serviço respondeu que não recebeu planta e que instalou a nova rede elétrica do prédio com base em sua experiência prática e na sua intuição.
Mesmo com a rede já em funcionamento e devidamente testada, com tomadas, lâmpadas, luminárias e outros itens da instalação elétrica ativados, os fiscais da Semosp determinaram o embargo da obra, de responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação (Semed).
O ato é, no mínimo curioso, pois trata-se de uma penalidade aplicada pela prefeitura contra si própria. Medidas administrativas à parte, cabe alertar para o transtorno causado às crianças matriculadas na creche e às suas famílias, já que o embargo atrasará o reinício das atividades.
A construtora responsável pela reforma da creche municipal do bairro Tibiri, a qual é vinculada a equipe de eletricistas que instalou a nova rede elétrica do prédio, é a Agrasty, localizada no bairro São Francisco, em São Luís.