Representantes do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão (STTREMA), do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) e da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) participaram de mais uma audiência, na manhã desta quarta-feira (26), dessa vez na Superintendência Regional do Trabalho (SRT/MA) em busca de um acordo que ponha fim à greve de ônibus na Grande Ilha, que entrou no segundo dia. Mas uma vez, a negociação fracassou, já que o prefeito da capital, Eduardo Braide (PSD) se recusa, de forma intransigente, a repassar o subsídio ao sistema de transporte, o que viabilizaria um acerto entre empregados e patrões e levaria ao encerramento da paralisação.

Na reunião, foi novamente discutida a formalização da convenção coletiva de trabalho para o ano de 2023 da categoria. O diálogo foi conduzida pelo superintendente regional do Trabalho, Nivaldo Araújo Silva, com mediação da auditoria fiscal do Trabalho, Mônica Damous Dualibe.

Durante a audiência, os representantes das empresas e consórcios concessionários das linhas de ônibus voltaram a alegar não dispor de recursos financeiros para efetuar o pagamento aos trabalhadores. Já a SMTT, órgão representante da Prefeitura de São Luís, negou que esteja em débito, argumentando que os empresários não estão cumprindo o acordo firmado entre as partes, que exige o cumprimento de quantitativos, além da convenção coletiva de trabalho.

A prefeitura alegou, ainda, que os empresários estão equivocados e que, antes de exigirem subsídios, precisam cumprir o que foi acordado. O Sindicato dos Rodoviários lamentou que o impasse entre empresários e prefeitura esteja afetando os trabalhadores.

Diante da falta de consenso entre as partes, a reunião foi finalizada em caráter de urgência para que seja agendado uma nova audiência entre o STTREMA, o SET, na Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), para tratar sobre o repasse dos subsídios ao sistema de transporte semiurbano.