No mínimo, um desserviço, digno do mais estridente repúdio. É como pode ser classificada a nota divulgada nas redes sociais pelo Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação) para fazer alarme sobre supostos ataques a escolas que estariam programados para esta quinta-feira (20). O efeito da mensagem foi exatamente o contrário do esperado. Em vez de causar comoção pública e estimular adesões o manifesto sindical foi alvo de duras críticas até de associados. Os mais indignados chegaram a anunciar a desfiliação por discordar da conduta visivelmente alinhada ao PT e aos demais partidos de esquerda.
Como se não bastasse o pânico causado entre alunos e na própria categoria que representa, o Sindeducação ainda politizou a grave questão, atribuindo a autoria a determinado segmento. Para completar o festival de deturpações, o sindicato defendeu a suspensão das aulas, o que resultaria em um dia a mais sem trabalho, em plena véspera do feriado prolongado.
Disposto a fomentar o caos e o terror no ambiente escolar da capital, já abalado por atentados recentes em outros estados brasileiros, o Sindeducação orientou os professores a dialogar com a comunidade estudantil, incluindo pais, para expor o medo. A fim de atiçar o sobressalto, o sindicato apontou o dia 20 de abril como simbólico para uma onda de novos ataques, pois nesta data completam-se 24 anos do massacre ocorrido em uma escola da cidade de Columbine, nos Estados Unidos, além de ser o aniversário de nascimento do líder nazista Adolf Hitler, que na mensagem sindical teve o nome grafado como “Adolfo”.
Na polêmica nota, o Sindeducação aponta, sem qualquer fundamento investigatório, os autores das ameaças e dos ataques a escolas já perpetrados no país. Segundo a entidade, a violência contra estudantes e professores parte de grupos de extrema direita, em uma clara tentativa de politizar o tema, subestimando a inteligência do público, já que nem mesmo os maiores líderes da esquerda brasileira, muito menos a polícia, ousaram fazer tal acusação.
Diante de tantos absurdos contidos na malfadada nota, a conclusão a que se chega é que o Sindeducação está perdido em meio a tão preocupante realidade, pois prega ideias que tendem a acirrar a intimidação provocada pelas ameaças de ataques a escolas, nenhuma delas concretizada até o momento.
Incapaz de dar suporte aos professores, de modo a amenizar o trauma da violência, o sindicato prefere o caminho mais fácil, a suspensão das aulas, ignorando o prejuízo que a sua postura tende a causar ao ano letivo.
Confira a nota na íntegra: