Levantamento do órgão vinculado ao Ministério da Fazenda indica, ainda, que a capital, São Luís, é uma das cidades do país que mais recebem pacientes oriundos de outras regiões, figurando no mesmo patamar de metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília
São José de Ribamar, na região metropolitana de São Luís, é um dos 20 municípios brasileiros, de um total de 5.568, menos capazes de cuidar da saúde dos seus habitantes. É o que revela o painel estatístico “Deslocamentos e gastos hospitalares dos municípios brasileiros”, lançado no último dia 3 pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), vinculada ao Ministério da Fazenda. A pesquisa traz dados apurados em 2021 sobre deslocamentos feitos por pacientes em busca de tratamentos médicos não fornecido em suas cidades de origem.
De acordo com o painel, elaborado a partir de informações geradas na base de atendimentos hospitalares do DATASUS (departamento de informática do Sistema Único de Saúde), em cruzamento com os dados do IBGE e do próprio Tesouro Nacional, São José de Ribamar ocupa a 19ª posição do ranking que lista as 20 cidades brasileiras que mais recorrem a outros municípios para tratar a saúde das suas populações. Por uma triste ironia, o município, quê é o terceiro mais populoso do Maranhão, com 269.657 habitantes, e detém um dos maiores orçamentos dentre as 217 prefeituras do estado, é administrado por um médico, Júlio César de Sousa Matos, conhecido popularmente como Dr. Julinho (PL).
Conforme a pesquisa, em 2021, primeiro ano da gestão de Julinho, mais de 1.000 ribamarenses foram internados em hospitais, clínicas e demais estabelecimentos de saúde de outras cidades, principalmente da capital, São Luís (confira as tabelas abaixo). A título de comparação, municípios como Ananindeua-PA, Osasco-SP e Guarulhos-SP, que têm número de habitantes muito maior, enviaram quantidade quase idêntica de enfermos para internação em outros centros com sistemas de saúde mais capacitados.
Agonia e transferência
Em novembro do ano passado, este blog acompanhou o caso de uma mãe de familia de 33 anos que agonizava em um hospital público de São José de Ribamar, em razão de cistos na vesícula. Analisados os resultados dos exames, a constatação foi de que o caso era de altíssima gravidade e a recomendação médica foi de cirurgia urgente, sob pena de a paciente morrer. Atendendo ao apelo do esposo, então desesperado, o blog acionou a Secretária de Estado da Saúde (SES), que de prontidão providenciou a transferência da mulher para o Hospital de Alta Complexidade Carlos Macieira, na vizinha capital, onde a mesma foi operada e hoje passa bem.
São Luís
O painel traz uma informação positiva sobre a saúde pública municipal em São Luís. Segundo a pesquisa da Secretaria do Tesouro Nacional, a capital maranhense oferece boa estrutura administrativa e serviços capazes de prover o atendimento hospitalar necessário para seus moradores, figurando no mesmo patamar de metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Ainda sobre São Luís, o painel estatístico aponta que a rede municipal de saúde recebeu cerca de 5 mil pacientes enviados por outras cidades, mais de cinco vezes o número de internações de pessoas residentes na própria capital.
O levantamento revela, ainda, que o Maranhão tem dois municípios entre os que menos investiram em saúde no ano pesquisado: Primeira Cruz, cujo gasto foi de pouco mais de R$ 1 milhão, apenas em atenção básica, e Campestre, que destinou montante irrisório, inferior a R$ 50 mil para assistência hospitalar e ambulatorial e atenção básica, muito aquém do necessário para atender a população.
[…] Um misto de terror, dor e revolta tomam conta da terceira maior cidade do Maranhão, recentemente apontada por uma pesquisa da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) como uma das 20 menos capazes de cuidar da saúde d…. […]
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