Maranhão é o único estado do Nordeste com queda na contratação de trabalhadores na construção civil

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Situação do Maranhão vai na contramão do cenário nacional, que apontam que o país gerou 38.965 novos empregos com carteira assinada, o melhor resultado desde fevereiro de 2022

De acordo com dados do Novo Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência, o Maranhão foi o único estado da região Nordeste com saldo negativo (-522) na geração de novos empregos com carteira assinada no setor da construção civil, em janeiro de 2023.

Foram 2.629 admissões contra 3.151 desligamentos de trabalhadores em todo o estado. Em São Luís, o saldo também é negativo (-336), com 1.285 contratações, enquanto o número de demissões chegou a 1.621.

O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do Maranhão (SINDUSCOM-MA), Fábio Nahuz, explica os motivos do resultado negativo do estado.

“Entre os gargalos que fazem o Maranhão estar nessa situação, temos a atualização do plano diretor de São Luís, que demorou a ser aprovado e que, mesmo assim, ainda possui questões a serem ajustadas. A grande burocratização de processos que empata o inicio e até a continuação de obras em todo o estado, o aumento dos insumos que tem sido um alto custo para o nosso setor, entre tantas outras situações. O mercado da construção civil e imobiliária é um dos principais setores que geram empregos formais, mas é necessário meios para que ele aqueça e se desenvolva”, disse.

Na contramão

Diferente do Maranhão, os dados do CAGED ainda apontam que em números nacionais, o país gerou 38.965 novos empregos com carteira assinada, sendo o melhor resultado desde fevereiro de 2022, quando gerou 39.232 vagas. Esse também é o segundo melhor resultado dos últimos 10 anos.

As regiões com maiores números de empregabilidade são a Sudeste (21.993), Sul (9.275) e Centro Oeste (6.538), respectivamente. A região Nordeste aparece em seguida com 3.245.

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