Maranhão tem 6.454 perfis em banco genético nacional para investigação de crimes e busca de desaparecidos

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Ferramenta auxilia na resolução de crimes e tem registrado expansão nos últimos anos

Para auxiliar na investigação criminal e na busca por pessoas desaparecidas, o Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG) alcançou a marca de 175.503 mil perfis cadastrados. Em junho, eram 153.111. Desse total, 6.454 estão catalogados no Maranhão. A maior parte dos registros é ligada a pessoas envolvidas em casos violentos e de abuso sexual. Os dados são do 17º Relatório da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), publicado na sexta-feira (16).

De acordo com o levantamento, divulgado pelo Ministério da Justiça, com base em informações locais colhidas e armazenadas pela Perícia Oficial de Natureza Criminal, o Maranhão tem 89,56 perfis genéticos cadastrados para cada 100 mil habitantes. No estado, a maioria dos dados catalogados é de pessoas condenadas judicialmente por crimes diversos (5.589). Na sequência, vêm informações de códigos de DNA apontados como vestígios de crimes, referência direta e indireta de pessoas desaparecidas, pessoa de identidade desconhecida e restos mortais não identificados e material genético de suspeitos, sentenciados em decisões judiciais e restos mortais identificados.

Em 2018, o BNPG apresentava 18.080 mil cadastrados. O número atual é quase 10 vezes maior do que o registrado há cinco anos. Coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), os investimentos no banco foram reforçados na atual gestão do Governo Federal, somando R$ 192,4 milhões nos últimos quatro anos.

“Esse é mais um resultado que comprova o avanço no combate à criminalidade e um número maior de elucidação dos crimes sexuais e contra a vida”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

Esses investimentos cooperam para o fortalecimento da Rede, que já auxiliou mais de 4.510 mil investigações criminais no Brasil. Desse total, somente no último semestre, a RIBPG auxiliou 427 investigações, um aumento de 10% em relação ao último relatório de maio deste ano. O coordenador da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ronaldo Carneiro, reforça que os dados possibilitam a resolução de muitos crimes. “É uma ferramenta eficiente para resolver crimes, afinal, as informações cadastradas no banco, apontam a autoria de crimes sem solução, comprovam a inocência de suspeitos e interligam um caso com outras investigações das demais esferas policiais.”

Cóleta

Qualquer crime que o infrator deixe material biológico é passível de elucidação usando as informações armazenadas no banco. Mesmo em crimes contra o patrimônio, homicídios cometidos com arma de fogo, não raro o criminoso deixa seu material biológico no local.

O material genético é coletado pela perícia no local do crime ou no corpo da vítima. Além de exames feitos pelas vítimas de violência no Instituto Médico Legal (IML) a coleta é feita também dos condenados nos casos previstos em lei.

A maior parte dos perfis de criminosos armazenados é ligada a pessoas envolvidas em casos violentos e de abuso sexual.

Como funciona

Vestígios como fios de cabelo, sangue e outros materiais biológicos, são coletados no local do crime ou no corpo da vítima e em exames realizados nas vítimas no Instituto Médico Legal (IML).

A coleta é feita também em condenados por crimes graves e hediondos. A partir de lei aprovada em 2012, ficou determinado que é obrigatória a identificação do perfil genético de condenados por crime com violência de natureza grave, como homicídios, latrocínio, sequestro e estupro, ou em casos que sejam determinados pelo juiz.

Uma vez que os estados aderem à rede e alimentam o banco de perfis genéticos nacional, as instituições conseguem fazer o cruzamento de dados.

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