Centro de Lançamento de Alcântara promove com sucesso primeiro teste do foguete sul-coreano HANBIT-TLV

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Iniciativa antecede o primeiro lançamento em um contrato de uma empresa privada feito a partir do CLA, previsto para acontecer até o dia 21 de dezembro

A operação para o lançamento, batizada de Astrolábio, tem participação da Força Aérea Brasileira (FAB), da Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia do MCTI, e da Innospace, startup sul-coreana de veículos lançadores de satélites

O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, realizou nesta quinta-feira (15), de forma bem-sucedida, o primeiro teste vertical do foguete sul-coreano HANBIT-TLV. A iniciativa antecede o primeiro lançamento em um contrato de uma empresa privada feito a partir do CLA, que deve ser realizado até o dia 21 de dezembro.  

A operação para o lançamento, batizada de Astrolábio, tem participação da Força Aérea Brasileira (FAB), da Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia do MCTI, e da Innospace, startup sul-coreana de veículos lançadores de satélites. A operação realiza o teste em voo do foguete HANBIT-TLV, assim como de sua carga útil, o Sistema de Navegação Inercial (SISNAV), experimento nacional para a navegação autônoma de foguetes, desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), com apoio da FINEP e AEB, vinculadas ao MCTI.

No dia 3 de dezembro, um Boeing 747 pousou no aeroporto internacional de São Luís (MA) e trouxe as partes do foguete da Coreia do Sul. As mais de 8 toneladas de componentes foram transportadas em 3 carretas até a cidade de Alcântara (MA). O sucesso da operação de lançamento vai demonstrar a capacidade nacional para lançamentos espaciais, gerar ganho de experiência para as equipes e inserção do país no mercado internacional.

Histórico

O uso do Centro de Lançamento de Alcântara e a retomada do Programa Espacial Brasileiro foi uma das prioridades do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações desde 2019. Uma das primeiras medidas foi a atuação junto ao Congresso Nacional para a aprovação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), que estava parado há 20 anos. Em outubro de 2019, o acordo foi aprovado na Câmara e, em novembro do mesmo ano, no Senado.

O AST é um acordo em que o Brasil se compromete a proteger as tecnologias americanas usadas em componentes embarcados em foguetes ou satélites que serão lançados do CLA. A estimativa é que 80% dos componentes usados em foguetes e satélites vem dos Estados Unidos.

O passo seguinte do ministério foi a criação de uma Comissão de Desenvolvimento Integrado e um Programa de Desenvolvimento, que reuniu membros dos governos federal, estadual e municipal além da comunidade da região para adotar políticas que direcionem o potencial econômico e social do Centro de Lançamento para a cidade e sua população.

Em outra frente, a Agência Espacial Brasileira revisou normas de licenciamento e lançou um edital para identificar o interesse privado na utilização do CLA, em que foram habilitadas 4 empresas, o que permite o lançamento atual da Innospace.

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